Da Redação
Com Lusa
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmou a venda do Novo Banco à norte-americana Lone Star, numa curta intervenção em que não revelou os detalhes da operação e em que não houve direito a perguntas dos jornalistas.
“O Banco de Portugal selecionou hoje a Lone Star para concluir a operação de venda do Novo Banco”, afirmou Carlos Costa logo no arranque de uma declaração com uma duração inferior a cinco minutos. E realçou: “A venda é um passo importante na estabilização do setor bancário nacional”.
O primeiro-ministro declarou que a venda ao fundo norte-americano não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo “uma solução equilibrada”.
António Costa falava aos jornalistas em São Bento, tendo ao seu lado o ministro das Finanças, Mário Centeno, pouco depois de o governador do Banco de Portugal ter confirmado o negócio.
Na sua declaração inicial, o primeiro-ministro defendeu que o acordo de venda do Novo Banco cumpre “as três condições colocadas pelo Governo” em janeiro passado, sendo uma delas de que este processo “não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes”.
A Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020.
“Por via da injeção de capital a realizar, a Lone Star passará a deter 75% do capital social do Novo Banco e o Fundo de Resolução manterá 25% do capital”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal.
“A assinatura do contrato permite que seja cumprido o prazo de venda fixado nos compromissos assumidos pelo Estado junto da Comissão Europeia. Após a conclusão da operação, cessará a aplicação do regime das instituições de transição ao Novo Banco”, informou o regulador.