Portugal com segundo maior crescimento de emprego da UE

Da Redação
Com Lusa

O Ministro português da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que nos últimos dois anos, isto é, desde que o presente Governo tomou posse, já foram criados 199 mil empregos, tendo 173 mil desempregos encontrado emprego.
O Ministro, que intervinha numa audição da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República, referiu também os dados do emprego divulgados pelo Eurostat, que indicam que Portugal registrou a segunda maior subida da taxa de emprego da União Europeia (3,6%) no segundo trimestre de 2017 e em termos homólogos.
A diferença entre os empregos criados e o desemprego desaparecido mostra que a economia está também a absorver novos trabalhadores, sejam eles jovens que ainda não tinham entrado no mercado de trabalho ou desempregados que já tinham saído da população ativa.
“Isto significa que Portugal está a ter uma ‘performance’ melhor, que resulta da maior confiança que conseguimos trazer à economia e às empresas portuguesas e ao trabalho destas empresas”.
O Ministro disse ainda que as empresas estão a investir para criar maior capacidade de produção, o que é mostrado pelos dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados no dai 9 de setembro. Nestes, as importações aumentaram em julho 12,8% e as exportações 4,6%, em termos homólogos.
A taxa de emprego aumentou, no segundo trimestre e em termos homólogos, 1,6% na zona euro e 1,5% na União Europeia (UE), com Portugal a registrar a segunda maior subida (3,6%) entre os 28, segundo o Eurostat. Já face ao trimestre anterior, o emprego cresceu 0,4% quer na zona euro, quer na UE.
Na comparação com o segundo trimestre de 2016 e entre os 26 Estados-membros, para os quais há dados disponíveis, Malta registrou a maior subida da taxa de emprego (4,7%), seguindo-se Portugal (3,6%) e Chipre (3,0%).
Por seu lado, a Croácia (-1,6%), a Lituânia (-1,4%) e o Luxemburgo (-0,3%) viram o indicador recuar.
Na variação em cadeia, Malta (1,0%), Espanha (0,9%), Grécia e Polônia (0,8% cada) registraram as maiores subidas no emprego.
Já a Croácia (-0,8%), a Letônia (-0,7%), a Romênia (-0,6%) e a Estônia (-0,5%) viram o indicador recuar face ao primeiro trimestre.
Em Portugal, a taxa de emprego aumentou 0,7% do primeiro para o segundo trimestre do ano.
Segundo estimativas do gabinete de estatísticas da UE, 235 milhões de pessoas tinham, no segundo trimestre, um emprego na UE, 155,6 milhões das quais na zona euro, sendo estes os mais altos níveis registrados até agora.

Reforço de orçamento contra desemprego

O Parlamento Europeu (PE) também aprovou um orçamento retificativo que disponibiliza 500 milhões de euros para projetos no âmbito da Iniciativa para o Emprego dos Jovens (IEJ) a desenvolver ainda este ano.

Com a aprovação de dotações de autorização adicionais para a iniciativa, os eurodeputados esperam que a Comissão Europeia e os Estados-membros garantam a “rápida reprogramação dos programas operacionais relevantes, a fim de assegurar que a totalidade da dotação adicional da IEJ no montante de 500 milhões de euros seja afetada de forma eficiente até ao final de 2017”.

O orçamento retificativo foi aprovado em plenário por 574 votos a favor, 113 contra e duas abstenções.

A IEJ foi lançada em 2013, como resposta às elevadas taxas de desemprego jovem na UE, com uma dotação específica de 3,2 mil milhões de euros (acompanhada por outro tanto do Fundo Social Europeu), a fim de prestar apoio específico aos jovens sem emprego, que não frequentem sistemas de ensino ou de formação e que residam em regiões com taxas de desemprego jovem superiores a 25% em 2012.

A fim de acelerar a execução, a totalidade da verba em termos de dotações de autorização no período 2014-2020 foi antecipada para 2014 e 2015. No contexto da revisão intercalar do quadro financeiro plurianual, o PE e o Conselho da UE chegaram a acordo sobre uma majoração de 1,2 mil milhões de euros para a IEJ para o período 2017-2020.

A IEJ prestou já apoio direto a mais de 1,4 milhões de jovens que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação nas regiões mais carenciadas da UE, de acordo com dados da Comissão Europeia.

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