Portugal com o dobro de concelhos em risco extremo

Da Redação Com Lusa

O número de concelhos em risco extremo mais do que duplicou, passando de 25 para 57 na análise divulgada nesta segunda-feira sobre a incidência cumulativa de covid-19 referente ao período entre 23 de dezembro e 05 de janeiro.

Cinquenta e sete concelhos registraram uma taxa de incidência de casos acumulados de infecção pelo novo coronavírus superior a 960 por 100 mil habitantes, entre 23 de dezembro e 05 de janeiro.

No relatório da Direção-Geral da Saúde de 04 de janeiro, com dados relativos ao período entre 14 e 27 de dezembro, existiam 25 concelhos com incidência de casos acumulados de infecção pelo novo coronavírus superior a 960 por 100 mil habitantes.

Entre os concelhos mais fustigados pelo número de infecções pelo novo coronavírus está Mourão, com 3.347, e Meda, com 3.074 por 100 mil habitantes.

Mourão têm-se mantido no topo da tabela, destacando-se a 28 de dezembro com 2.286 casos acumulados e a 04 de janeiro com 3.388/100 mil habitantes.

Com mais de dois mil casos surgem os concelhos de Fornos de Algodres com 2.496, Miranda do Douro com 2.489 e Mora com 2.368

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

Com zero casos de infecção estão sete concelhos (menos dois em relação aos dados anteriores: Lajes das Flores, Lajes do Pico, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, São Roque do Pico e Corvo.

Saíram desta lista Alcoutim, Barrancos, Arronches e Nordeste e entrou Porto Santo e Santa Cruz da Graciosa.

O boletim da DGS dá ainda conta que 14 concelhos registaram menos de 119 ocorrências por 100 mil habitantes. No boletim de 04 de janeiro eram 29 concelhos com estes valores e no de 28 de dezembro 41.

Recorde
Portugal registra hoje 122 mortos relacionados com a covid-19, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia e 5.604 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este foi o dia com maior número de mortes diárias registadas desde o início da pandemia, em março de 2020, superando o máximo registado na sexta-feira quando os dados davam conta da morte de 118 pessoas.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 3.983, mais 213 do que no domingo, das quais 567 em cuidados intensivos, ou seja, mais nove. Também aqui Portugal atingiu um novo máximo.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 7.925 mortes e 489.293 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 109.312, mais 2.534 do que no domingo.

Segundo os dados, 38,5% dos novos casos de hoje estão na região de Lisboa e Vale do Tejo.

As autoridades de saúde têm em vigilância 120.292 contactos, mais 3.082 relativamente ao dia anterior.

O boletim revela ainda que mais 2.948 pessoas foram dadas como recuperadas.

Desde o início da epidemia em Portugal, em março, já recuperaram 372.056 pessoas.

Relativamente às 122 mortes registradas nas últimas 24 horas, 47 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, 34 na região Norte, 28 na região Centro, nove no Alentejo e quatro na região do Algarve.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.

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