Da Redação
Com Lusa
O Presidente de Portugal declarou que está a acompanhar com preocupação a violência que atinge a comunidade portuguesa na Venezuela e apresentou as condolências às famílias dos dois portugueses mortos esta semana no país.
Numa mensagem divulgada pela Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “acompanha com preocupação a escalada de violência junto da comunidade Portuguesa na Venezuela”.
Um comerciante português foi assassinado na quinta-feira, a leste de Caracas, e no sábado outro cidadão luso foi morto na ilha de Margarita, após assaltos violentos.
O chefe de Estado mostra-se “solidário com as famílias de portugueses mortos na Venezuela” a quem apresentou as suas condolências.
“O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa teve já a oportunidade de falar telefonicamente com o irmão de António Luís Vieira Faria, o português de 58 anos morto na manhã do passado sábado” divulga a nota.
Casos
No dia 06, um comerciante português da área de panificação foi assassinado por homens armados que tentaram roubar a sua viatura, na avenida Rómulo Gallegos de Horizonte, a leste de Caracas, disseram fontes da comunidade portuguesa local.
Este é o segundo português assassinado esta semana na Venezuela, depois de na manhã de sábado um comerciante, de 58 anos, ter sido assassinado quando se preparava para abrir a sua frutaria, na ilha de Margarita.
O homicídio de quinta ocorreu pelas 05:00 horas locais (09:30 horas em Lisboa), quando Lino Alves, de 65 anos, se dirigia para a padaria Rosalva, de que era um dos proprietários, segundo as mesmas fontes.
A vítima foi interceptada pouco antes de abrir o estabelecimento por homens armados e teria oferecido resistência quando estes pretendiam roubar a sua viatura.
O comerciante português foi levado para uma clínica, na qual já deu entrada sem sinais vitais e com uma bala no tórax.
O assassinato deste comerciante originou diversas reações. O político opositor venezuelano Juan Carlos Vidal, do partido Primeiro Justiça, disse, na rede social Twitter, que “exige justiça”.
Residentes em Horizonte reclamam vigilância policial.
Segundo fontes policiais, o caso está a ser investigado pelo Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (antiga Polícia Técnica Judiciária).