Da Redação
Com Lusa
O Porto de Leixões, em Matosinhos, movimentou 9,5 milhões de toneladas de mercadoria nos primeiros seis meses deste ano, tendo as exportações registado um aumento de 14,4% relativamente ao período homólogo, avançou a administração daquele porto.
As cargas ‘roll-on/roll-off’, fracionada e contentorizada aumentaram exponencialmente no primeiro semestre do ano, destacando-se em “larga escala”, referiu a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), em comunicado.
A carga ‘roll-on/roll-off’, que embarca e desembarca em cima de rodas, aumentou 18,3%, a fracionada registrou um incremento de 16,6% e a mercadoria contentorizada cresceu 8,4%, face a igual período do ano anterior.
Entre janeiro e junho, o número de contentores embarcados em Leixões também subiu (9,95%) e os TEUs (medida padrão para calcular o volume de um contentor) registaram um aumento de 9,64%, salientou.
A APDL acrescentou que os granéis sólidos assinalaram também um ligeiro aumento de 1,4% face aos primeiros seis meses de 2018.
Os navios que transitaram em Leixões destacaram-se pela arqueação bruta (GT) cada vez maior, comprovando a tendência de aumento do tamanho das embarcações, frisou a APDL.
Neste caso, a evolução foi de 4,9%, um valor máximo para o período, vincou.
“O Porto de Leixões é, efetivamente, uma infraestrutura em crescimento, pelo que é fundamental adaptar-se às exigências do mercado”, considerou a APDL.
Os produtos refinados, ferro e aço, papel e cartão e a pedra foram as mercadorias que mais pesaram nos valores registrados no total da carga exportada e o petróleo em bruto, a estilha, as matérias plásticas e a sucata lideraram as importações no primeiro semestre.
Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no Porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.
As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.
O prolongamento do quebra-mar tem motivado críticas por parte de diferentes partidos, autarcas, surfistas e população, tendo mesmo dado origem a um abaixo-assinado, marcha e manifestação.