Da Redação
Com Lusa
A Câmara Municipal e os empresários de Ponta Delgada querem fazer da maior cidade dos Açores um destino turístico de passagem de ano, voltando a apostar a 31 de dezembro num espetáculo “piromusical” ao longo do porto.
O espetáculo, que junta fogo-de-artifício e música, é uma reedição melhorada do de 2013 e quer tornar-se num “evento âncora para Ponta Delgada, para São Miguel e para o turismo micaelense e dos Açores”, disse o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Mário Fortuna.
Também o presidente da Câmara Municipal, José Manuel Bolieiro, e o empresário Horácio Franco, usaram na conferência de imprensa a expressão “evento âncora” para explicarem aquilo que pretendem com esta iniciativa, ou seja, que consiga vender os Açores como destino turístico na passagem de ano.
Ponta Delgada já fez no passado programas de fim de ano “de grande expressão”, que chegou a apresentar aos operadores turísticos, mas “a crise fez parar um pouco a dinamização que se estava a criar”, disse Mário Fortuna.
Um grupo de empresários reativou, há um ano, a iniciativa de haver um espetáculo de fogo no ‘réveillon’ e, em 2014, começou a trabalhar no programa mais cedo, em março, tendo mesmo a transportadora aérea da região, a SATA, vendido pacotes de passagem de ano para Ponta Delgada, em associação com operadores turísticos.
Segundo Horário Franco, a SATA vendeu até segunda-feira “600 viagens” ao abrigo desses pacotes, o que os empresários consideram positivo e dar boas perspetivas, sobretudo perante as possibilidades que abre a liberalização de algumas ligações aéreas entre as ilhas e o continente, a partir da primavera de 2015.
Também Mário Fortuna considerou que as viagens vendidas pela SATA evidenciam “que há espaço para se fazer eventos de fim de ano em Ponta Delgada” e assim contribuir para combater aquilo que Horário Franco chamou “a sazonalidade extrema” do turismo na região.
O espetáculo de pirotecnia e música da próxima passagem de ano vai custar cerca de 50 mil euros, tendo a Câmara Municipal contribuído com 30 mil, o dobro do apoio que deu no ano passado.
José Manuel Bolieiro disse que assumiu o “apoio contínuo” do município a este evento, considerando essencial dar-lhe garantia de “regularidade e previsibilidade”, por só assim se poder tornar num produto turístico que os operadores podem vender.
O espetáculo arrancará às 00:00 da noite de 31 de dezembro para 01 de janeiro, durará pouco mais de dez minutos e foi este ano “alongado”, abrangendo todo o porto, pelo que será visível de uma ponta à outra da cidade, do forte de São Brás à Calheta, e desde pontos mais a norte da cidade.
Também a sua “intensidade” foi aumentada, disse Horácio Franco, que prometeu um espetáculo “fantástico” e de “muita qualidade”, sem “espaços mortos”, “dinâmico”, de que “toda a gente vai gostar”.
Da responsabilidade da Câmara Municipal é a animação do centro da cidade, sobretudo com iniciativas musicais, nas horas anteriores.
Por outro lado, está garantida a cobertura pela televisão e rádio públicas, disse o presidente da autarquia, que apelou a que “outros” se associem ao programa de final de ano da cidade, para a oferta crescer, ser cada vez mais atrativa e aumentar a sua projeção.