Polônia, Itália, Espanha e Republica Checa são os principais destinos dos portugueses no Erasmus

Da Redação
Com Lusa

Aníbal Cavaco Silva, discursa durante a abertura da IV Conferência Internacional "Portugal e os Jovens - Novos Rumos, Outra Esperança", a decorrer na Fundação Champalimaud em Lisboa, 15 de maio de 2015. MIGUEL A. LOPES/LUSA
Aníbal Cavaco Silva, discursa durante a abertura da IV Conferência Internacional “Portugal e os Jovens – Novos Rumos, Outra Esperança”. MIGUEL A. LOPES/LUSA

O número de estudantes portugueses integrados no programa europeu Erasmus passou de 25, no ano da sua criação, em 1987, para 6.956, em 2014.

Portugal está integrado no Erasmus desde o seu lançamento pela Comissão Europeia, tendo enviado um total de 81.560 estudantes lusos até à edição de 2014-2015, segundo dados fornecidos à Lusa pela Agência Nacional Erasmus+, que estimou os apoios médios atribuídos num valor situados entre os 200 e os 300 euros.

Os jovens portugueses sentem-se cada vez mais atraídos para a participação em programas de aprendizagem no estrangeiro, movidos não só pela perspectiva de enriquecimento educativo, mas sobretudo pelo contato com diferentes meios culturais.

“Acho que a minha maior motivação foi a vontade que tinha de quase obrigar-me a conhecer outras culturas e costumes, para poder ampliar a minha visão do mundo e da sociedade”, afirmou Fayrah Oliveira, em declarações à agência Lusa.

Fayrah fez o Erasmus na Polónia. Para ela, as empresas, além dos requisitos óbvios, “procuram cada vez mais profissionais multifacetados e desenrascados e, por isso, as vivências contam muito na hora de ser, ou não, contratado”.

Assim, as perspectivas para o futuro profissional são, também, um fator decisivo quando se opta por esta experiência, sustentou.

“Ter uma boa carreira profissional sempre foi um objetivo. Posto isso, talvez 50% da minha decisão de ir tenha sido por saber que a experiência de Erasmus me iria favorecer a nível profissional”, afirmou Fayrah.

Mariana Bidarra, que fez o Erasmus em Itália, concordou que esta experiência é importante para o futuro profissional.

“Não me abriu portas no sentido de ter conseguido emprego graças ao programa Erasmus, mas abriu-me ainda mais as portas no sentido de ver o mundo como um agente global e em constante movimento, e eu querer fazer parte dessa mesma globalização”, afirmou Mariana, que já terminou o curso de Estudos Europeus e vai, dentro de pouco tempo, para o estrangeiro dar inicio à sua atividade.

De acordo com dados do programa de mobilidade no ensino superior Erasmus, divulgados em Bruxelas, relativamente ao ano 2012-2013, a bolsa média, a nível europeu, foi de 272 euros/mês, o que representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior (250Euro).

Em Portugal, dependendo do custo de vida no país de destino, o valor da bolsa atribuída varia entre os 200 e os 300 euros/mês, de acordo com dados da Agência Nacional Erasmus+.

Mariana recebeu, durante os cinco meses, um total de 1.200 euros, o que, segundo a própria, não foi totalmente mau porque, com esse dinheiro, conseguiu pagar o alojamento, mas dado que a Itália pertence ao grupo de países com um custo de vida elevado, considerou que “deveria ter recebido mais”.

A gestão do dinheiro é, assim, apontada como uma das grandes dificuldades desta experiência, como, também, todas as burocracias, a barreira linguística e o facto de se estar sozinho num país desconhecido.

Polónia e Itália, os países escolhidos pelas duas jovens, fazem parte, juntamente com Espanha, França e Republica Checa, dos principais países de destino dos portugueses que fazem o Erasmus, segundo a Agência Nacional Erasmus+.

Vera Silva também entrou no Erasmus e optou por ir para Espanha, o país de destino mais escolhido entre os cinco. A jovem explicou à Lusa que o que a levou a eleger o ‘país vizinho’ foi a “proximidade e o idioma”.

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