Da Redação com Lusa
No dia 05, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou o lançamento de uma plataforma de financiamento participativo online projetada para ajudar Kiev a vencer a guerra contra a Rússia e reconstruir a infraestrutura do país.
“Com um clique, você pode doar fundos para ajudar os nossos defensores, salvar os nossos civis e reconstruir a Ucrânia”, declarou Zelensky, em inglês, num vídeo publicado na rede social Twitter, anunciando o lançamento da plataforma United24.
O primeiro-ministro anunciou que Portugal vai contribuir com 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas e 1,1 milhões adicionais.
Este valor foi transmitido por António Costa na Conferência de Alto Nível de Doares para a Ucrânia, que decorre em Varsóvia, numa intervenção que fez por vídeo.
A Conferência de Alto Nível de Doares para a Ucrânia é uma iniciativa dos primeiros-ministros da Polônia e da Suécia, em parceria com os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, e teve na sessão de abertura uma breve intervenção, do Presidente ucraniano, também por videoconferência.
“Portugal está preparado para se comprometer com um contributo financeiro de um milhão de euros para a resposta humanitária das Nações Unidas e 1,1 milhões de euros adicionais em ajuda humanitária para a Ucrânia, num pacote total de 2,1 milhões de euros. Portugal está com a Ucrânia”, declarou o líder do executivo português na sua intervenção.
No seu discurso, o primeiro-ministro elogiou os seus homólogos polaco, Mateusz Morawieckie, e sueca, Magdalena Andersson, pela iniciativa e, nas suas palavras iniciais, condenou “a invasão brutal da Ucrânia pela Federação Russa”.
“É um ato de guerra inaceitável no século XXI. As consequências desta agressão estendem-se muito para além do território ucraniano, com milhões de refugiados à procura de segurança por todo o nosso continente”, sustentou.
António Costa observou depois que Portugal, “apesar de ser o país mais ocidental da Europa e o mais afastado da Ucrânia, já recebeu 35 mil refugiados ucranianos”.
“A estas pessoas reafirmamos o nosso mais forte compromisso de assegurarmos a sua segurança e bem-estar. No entanto, estamos todos conscientes de que a situação mais difícil é a que enfrentam aqueles que continuam na Ucrânia onde a situação humanitária é em muitos casos muito, mesmo muito crítica”, acrescentou.
Na quarta-feira, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro anunciou que aceitara o convite do seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, para visitar a Ucrânia em data ainda a divulgar, ocasião em que será assinado um acordo financeiro bilateral no âmbito do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“O primeiro-ministro da Ucrânia teve a oportunidade de me convidar para visitar Kiev, convite que naturalmente aceitei. Ficou apontada uma data que oportunamente será divulgada para a concretização dessa visita. Incluirá um encontro com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky”, declarou António Costa.
Já sobre o processo de reabertura da embaixada de Portugal na Ucrânia, o primeiro-ministro afirmou que já há uma data acertada, mas que não a divulga publicamente, alegando que esse passo só deve ser comunicado “no momento próprio”.
“Quero aqui frisar que a embaixada portuguesa em Kiev nunca encerrou. O embaixador português recuou para a Polônia e regressará a Kiev”, sustentou o líder do executivo, antes de fazer um elogio aos funcionários ucranianos da embaixada portuguesa.
“Mantiveram-se em funções a assegurar o funcionamento da embaixada nas condições possíveis. O Governo vai propor ao Presidente da República a condecoração por atuação de excecional bravura e coragem de um dos funcionários que se destacou muito especialmente no apoio ao resgate de cidadãos portugueses ou ucranianos com relações com Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro.