Por Odair Sene
Mundo Lusíada
Passos Coelho falou em seguida dizendo ser “uma honra” estar ali e na esperança do que pode acontecer no futuro político do seu país. Disse que entende a diáspora portuguesa como “nossos embaixadores em todo o mundo”, e essas pessoas “são decisivas para que o mundo olhe para Portugal de outra maneira, assim como os militantes do PSD são essenciais”.
Passos Coelho teve muito mais preocupação em pregar aos presentes uma questão de confiança no país e no projeto do PSD para o futuro de Portugal. Lembrou da difícil situação econômica por que o país passou em 2011, e o que vem sendo feito a partir dali. Especialmente com a volta da confiança de investidores como sendo “decisivo” para Portugal voltar a crescer e falou da importância da compreensão disso por parte das comunidades portuguesas.
“Não há nenhuma razão para que Portugal não seja mais desenvolvido e com menos desigualdades”, disse ele referindo que o maior projeto político do seu partido é “melhorar a condição de vida das pessoas”, pregando que deve-se construir um país mais moderno, mas, mais justo também.
Passos Coelho falou ao público de cerca de 300 pessoas que, “para se construir este futuro, precisamos ter uma sociedade menos fechada, mais aberta, não podemos ter uma sociedade de privilégios, os políticos não podem servir para manter privilégios (…) e isso se consegue colocando a economia ao serviço de todos, e não apenas dos amigos, não apenas àqueles que tem rendas dentro do país”, para tanto precisaria abrir o país e mostrar que este país está mais aberto a todos.
Além da comunidade de São Paulo na sexta feira, Passos Coelho esteve em Santos, no litoral, no sábado, em um almoço realizado no Centro Cultural Português. Depois desse compromisso ele a sua comitiva partiram para o Rio de Janeiro, onde seguiram com encontros com representantes da comunidade portuguesa luso carioca.•
Manuel Magno faz discurso crítico ao governo e chamou de “trapaça” a vitória do PS
Antes do início do jantar o advogado Dr. Manuel Magno não poupou críticas ao atual governo, sempre se dirigindo ao presidente do partido, fez uma retrospectiva como um apelo a nossa memória, “para que a lição do passado recente previna ‘trapaças’ como a que ocorreu no nosso (…) Portugal. Pois quem fica em segundo lugar, não ganha o direito de governar”, disse recebendo muitos aplausos e completando dizendo que a coligação que governa Portugal cumpriu a letra da Constituição, mas feriu de morte seu espírito e traiu um princípio de confiança que é essencial aos sistemas eleitorais de representação proporcional, “quem fica em primeiro lugar governa”, completou fazendo referencias críticas ao atual primeiro-ministro Antonio Costa, disse que “as pessoas que votam não decidem nada, as pessoas que contam os votos decidem tudo”, lembrando que a frase é de Josef Stalin, mas quem praticou foi Antonio Costa.
Magno falou também da época do José Sócrates, das dívidas junto ao FMI, do Banco Central Europeu, suas muitas regras e imposições ao país. Enfatizando que sempre o partido PSD aparece para melhorar as coisas para Portugal: “Foi assim com Sá Carneiro, Cavaco Silva, Durão Barroso, e Pedro Passos Coelho”.
Questionando as relações de Antonio Costa com Sindicatos, e após muitas criticas ao sistema político encabeçado pelo atual primeiro ministro, Manuel Magno elogiou os portugueses de São Paulo, divulgou números relativos as últimas eleições. “São Paulo teve 67% dos votos para o PSD, mais de 2/3 dos votos que o PSD teve no país [Brasil] vieram de eleitores de São Paulo, sendo que 41,3% dos votos do PSD estão em São Paulo, em todo círculo eleitoral de fora da Europa, que inclui a América, Ásia, Oceania e África”, falou ele afirmando que o empenho militante é independente de promessas ou reconhecimentos, “nossa confiança em si e no PSD é absolutamente incondicional, como nosso amor ao partido, a Portugal e ao Brasil”, finalizou.