Incêndios: Primeiro-ministro convoca Conselho de Ministros extraordinário presidido por Presidente

Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha morreram quando se deslocavam para um incêndio no distrito de Coimbra.

 

Mundo Lusíada com Lusa

 

O primeiro-ministro português convocou o Conselho de Ministros para uma reunião extraordinária, hoje às 18:00, para analisar “toda a situação relativa aos incêndios e às suas consequências”.

“A reunião será presidida pelo Presidente da República, que aceitou o convite que lhe foi formulado pelo primeiro-ministro”, refere uma nota do gabinete de Luís Montenegro.

A reunião realiza-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.

Na segunda-feira ao final do dia, o Presidente da República e o primeiro-ministro acompanharam juntos a evolução do combate aos incêndios, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e prestaram declarações à comunicação social em seguida.

Ao início da tarde de hoje, Luís Montenegro cancelou toda a agenda como primeiro-ministro até sexta-feira e adiou o Congresso do PSD, que se deveria realizar sábado e domingo em Braga, (entretanto remarcado para 19 e 20 de outubro) para continuar a acompanhar em permanência o combate aos incêndios.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha anunciado na segunda-feira o cancelamento de uma deslocação a Tenerife e Las Palmas, em Espanha, entre quarta e sexta-feira, para participar num encontro internacional de ministros da Justiça e numa reunião da associação empresarial Cotec Europa.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

Hoje, às 13:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 127 ocorrências, envolvendo mais de 5.400 operacionais, apoiados por 1.700 meios terrestres e 25 meios aéreos.

A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 62 mil hectares em Portugal continental desde domingo.

Morte de bombeiros

O Ministério da Administração Interna lamentou hoje a morte de três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua), dizendo que “são mais um exemplo nacional de quem deu a vida pelo próximo”, a quem “Portugal deve sentida homenagem”.

“Foi com profundo pesar que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e os secretários de Estado, Paulo Simões Ribeiro e Telmo Correia, tomaram conhecimento da morte de três bombeiros que combatiam o incêndio que lavra na freguesia de Midões, concelho de Tábua, na sub-região da região de Coimbra”, lê-se numa nota de pesar.

O gabinete de Margarida Blasco refere que “a bombeira Sónia Cláudia Melo, o bombeiro Paulo Jorge Santos e a bombeira Susana Cristina Carvalho, da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, são mais um exemplo nacional de quem deu a vida pelo próximo e a quem Portugal deve sentida homenagem”.

“Neste momento de grande consternação e luto, o Ministério da Administração Interna quer endereçar sentidas palavras de solidariedade e os mais sinceros sentimentos às três famílias enlutadas, aos amigos, a toda a corporação de Vila Nova de Oliveirinha e a todos os bombeiros e agentes da proteção civil que combatem neste preciso momento e sempre, os incêndios em Portugal”, conclui.

A mensagem do Ministério da Administração Interna surge depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, se terem manifestado profundamente consternados com a morte dos três operacionais.

Três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha morreram hoje quando se deslocavam para um incêndio naquele concelho do distrito de Coimbra.

Esta informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, e também por fonte da Proteção Civil, que disse à Lusa que morreram um bombeiro e duas bombeiras depois de o carro em que seguiam ter sido apanhado pelas chamas.

Desde domingo, já morreram sete pessoas e cerca de 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem as regiões norte e centro do país, em concelhos como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

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