Da Redação com Lusa
O presidente do Chega, André Ventura, destacou uma “grande vitória” para o partido nas legislativas, com a eleição de 11 deputados, e disse que será a verdadeira oposição ao PS no parlamento, substituindo-se ao PSD.
“Se o PS acha que vai ter a vida mais facilitada nesta legislatura, nós vamos transmitir-lhe a mensagem precisamente oposta. O que não foi feito nos últimos seis ou sete anos, começará a ser feito já amanhã”, afirmou André Ventura.
Segundo os dados oficiais até agora, o Chega obteve 382.035 votos, 7,15 % do total, tendo conseguido eleger 11 deputados, e se torna assim a terceira força política no país.
Com esse resultado, a promessa que o líder do Chega remete para o dia após as eleições é “a construção de uma grande alternativa de direita para substituir o PS”, uma alternativa que antecipa que será liderada pelo Chega, substituindo-se assim ao PSD.
“Também nestes últimos anos, a geringonça teve maioria absoluta e o que nós notamos na Assembleia foi que ninguém fazia oposição a sério e a partir de agora podem ter a garantia de que em todos os plenários vai haver oposição a sério, vai haver aquilo que falou ao PSD e ao CDS fazerem, vai haver oposição ao PS”, concluiu.
Já o líder do PSD Rui Rio reconheceu resultado abaixo do esperado, e admitiu deixar a liderança do maior partido da oposição caso se confirme uma maioria absoluta do PS nestas legislativas.
Reuniões partidos
Enquanto isso, Antonio Costa do reeleito PS declarou que depois de indigitado pelo Presidente da República, irá promover reuniões com todos os partidos exceto o Chega, afirmando que a sua maioria “será necessariamente uma maioria de diálogo”.
“Quando for indigitado pelo senhor Presidente da República, promoverei reuniões com todas as forças políticas, com a exceção daquela que disse que não faz sentido consumir tempo de diálogo”, afirmou António Costa, referindo-se ao Chega.
O secretário-geral do PS falava no piso -1 no Hotel Altis, na rua Castilho, em Lisboa, tendo anunciado que, “sem estarem apurados os círculos eleitorais da emigração”, o PS “terá eleito entre 117 e 118 deputados nos círculos eleitorais do continente e das duas regiões autônomas”.
“Esta será necessariamente uma maioria de diálogo. Em democracia, ninguém governa sozinho. Nós queremos governar para todas e com todas as portuguesas e portugueses e, naturalmente, com aqueles que os representam na sua pluralidade na Assembleia da República”, frisou.
António Costa referiu que entende que é “dever” do PS, “agora acrescido pela responsabilidade que os portugueses” lhe deram, manter “aberto e ativo” o diálogo com os restantes partidos “ao longo de toda a legislatura”.