Por Ígor Lopes
Mundo Lusíada
Um desfile de empresários brasileiros e portugueses, artistas e nomes da comunidade portuguesa carioca invadiu a festa de 101 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro. O local do encontro foi no exuberante Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Zona Sul da cidade, no último dia 11 de setembro.
A festa era da Câmara, mas o que se viu foi um autêntico showroom de empresários, artistas, políticos e personalidades do meio português e luso-brasileiro. O apresentador da noite foi o ator português Ricardo Pereira, que também comandou a festa do centenário, no ano passado. Na entrada, o tapete vermelho garantia passagem livre para a fadista Mariza, os comissários do ano de Portugal no Brasil e Brasil em Portugal, Miguel Horta e Costa e Antônio Grassi, além do ministro português Miguel Relavas. O deputado português Carlos Páscoa, o cônsul de Portugal no Rio, Nuno Bello, e alguns líderes da comunidade portuguesa carioca, entre muitos outros nomes, não deixaram de marcar presença.
Embora o mote fosse comemorar os 101 anos da entidade portuguesa, o assunto que dominava as conversas era o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, numa perspectiva cultural e econômica. Para Paulo Elísio de Souza, presidente da Câmara Portuguesa, este é o momento de se investir em Portugal.
“A câmara está ao lado de qualquer operação que vise a estimular e divulgar a relação entre os dois países. Queremos um incremento das relações comerciais entre Portugal e Brasil”, afirma Paulo Elísio, que recorda que essa é a hora dos brasileiros investirem em Portugal.
Na opinião de Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, o que se deve fazer agora é passar das palavras aos atos.
“Vemos hoje aqui grandes empresários portugueses e grandes empresas brasileiras. Isso demonstra que não estamos de costas voltadas. No passado não era normal, numa festa de uma instituição portuguesa, encontrarmos grandes empresas e empresários brasileiros presentes. Este evento é muito importante, pois é altura de passar da política de afeto para a política da afetividade, com menos palavras e mais atos”, sublinha Relvas, que acredita que a “atividade econômica vai ser um instrumento de desenvolvimento”.
Antônio Grassi, comissário do ano do Brasil em Portugal, revela que a programação brasileira conta com uma estratégia importante.
“Através da cultura e das artes conseguimos conhecer o povo de outro país. O mais importante deste evento é o legado que ele vai deixar depois de 10 de junho. A gente enxerga que a produção artista é uma forma mais eficaz de chegar em condições de competitividade em outras áreas. Os norte-americanos têm uma máxima que diz que: onde chegam os nossos filmes chegam os nossos produtos. E nós também acreditamos nisso”, diz Grassi.
Em ritmo de homenagens
Durante o evento, houve apresentação da fadista Cuca Roseta, além de várias homenagens a empresários e a personalidades de vulto no cenário social e profissional luso-brasileiro.
José Maria Ricciardi, presidente do Banco Espírito Santo Investimento, foi eleito o empresário do Ano Portugal – Brasil, já Otávio Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez, foi distinguido como empresário do Ano Brasil – Portugal. Por sua vez, o ator luso Joaquim de Almeida foi destacado como a personalidade do Ano Portugal – Brasil, enquanto que Maria Adelaide Amaral, dramaturga, foi a escolhida como personalidade do Ano Brasil – Portugal.