Da Redação
A Polícia Federal prendeu Tadeu Filippelli, atual assessor especial do presidente brasileiro, Michel Temer.
Ex-vice-governador do Distrito Federal, ele foi preso neste dia 23 pela Polícia Federal na Operação Panatenaico, que investiga o superfaturamento nas obras do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Filippelli é investigado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro e ainda de associação criminosa. Segundo o juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a prisão, o assessor fez diversos pedidos de propina para a Andrade Gutierrez.
“Inclusive, recebera propina para o seu partido PMDB, entre 2013 e 2014, tendo recebido valores ilícitos também da Construtora Via Engenharia, tudo em função da realização das obras e na execução do contrato licitatório em que as duas empresas saíram vencedoras e executaram a obra hiperfaturada.”
Além de Filippelli, os ex-governadores Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda são alvos da operação e tiveram a prisão temporária decretada. Arruda e Filippelli já estão na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Os policiais cumprem nesta terça-feira 10 mandados de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e três de condução coercitiva no âmbito da operação que investiga irregularidades nas obras de reconstrução do estádio que recebeu jogos da Copa do Mundo, em 2014. Também foi determinada a indisponibilidade de bens de 13 envolvidos até o limite de R$ 60 milhões.
Seundo a imprensa brasileira, a reformulação do estádio foi superfaturada em cerca de 900 milhões de reais, passando do montante de 600 milhões de reais para 1,5 bilhão de reais. O dinheiro saiu dos cofres da Terracap, empresa pública do Governo do Distrito Federal, cujo capital é formado da seguinte forma: 51% do GDF e 49% da União.
A notícia piora a situação do atual presidente brasileiro Michel Temer, que apesar de ter sido citado em uma delação premiada divulgada na última semana, declarou que não renuncia ao cargo.