Mundo Lusíada Com agencias
O coordenador do caso Madeleine McCann, Paulo Rebelo, deu como concluído o relatório final da investigação sobre o desaparecimento da garota britânica de 4 anos, no Algarve em Portugal. De acordo com uma fonte oficial da Polícia Judiciária, o relatório é “apenas descritivo dos fatos apurados e não apurados” ou seja, não conclui se trata de um caso de rapto, homicídio ou ocultação de cadáver. “Em circunstâncias normais, com base neste relatório, a decisão só poderá ser a de arquivamento à espera de produção de melhor prova”, disse outra fonte do processo, ao jornal português Expresso.
O relatório final deve seguir para o Ministério Público de Portimão, para uma decisão nos próximos dias. Mesmo que o caso seja arquivado, o procurador pode determinar que, a qualquer momento, surjam novos fatos e o processo é reaberto. Rogério Alves, advogado do casal McCann, contatado pelo jornal afirmou até o momento não ter sido notificado de qualquer decisão do Ministério Público. Já para a Procuradoria-Geral da República, “o processo aguarda o trânsito em julgado de uma decisão” do juiz de Portimão.
Depois da polícia portuguesa entregar ao Ministério Público seu relatório final sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, os promotores públicos deverão decidir se há “condições para o encerramento das investigações”.Segundo “Correio da Manhã”, a Polícia Judiciária e o Ministério Público teriam concordado que não há provas para culpar os pais de Maddie pelo desaparecimento da filha. O “Jornal de Notícias” afirma que a polícia já havia deixado de fazer diligências.
Pais rececem documentos
A polícia britânica concordou em partilhar alguns documentos com a família de Madeleine McCann. A liberação dos documentos pela polícia de Leicestershire, região no centro da Inglaterra onde reside a família McCann, foi anunciada em 07 de julho no Tribunal Superior de Londres.
Ao todo, são 81 documentos do processo, de um total de 11 mil recolhidos desde o desaparecimento, ocorrido em maio de 2007. Como conseqüência da decisão, a família que havia entrado com uma ação judicial para forçar a polícia a liberar os documentos, desistiu do processo.
Apontando o fato de não haver provas de que a criança tenha morrido, a juíza da seção de Família que presidiu a audiência fez um apelo ao responsável pelo desaparecimento – a única pessoa “que sabe o que aconteceu com Madeleine e onde ela pode ser encontrada”. “Eu rogo a essa pessoa, seja ela quem for, que mostre misericórdia e compaixão e que apareça agora e nos diga onde Madeleine pode ser encontrada. Espero que ela seja encontrada em breve, viva e sã”, declarou durante a audiência.
Outros detalhes da investigação poderão ser disponibilizados em agosto, quando termina em Portugal o prazo do segredo de justiça sobre o processo. A Procuradoria-geral da República de Portugal já desmentiu que o arquivamento do caso já estava determinado, afirmando que a polícia havia entregado o relatório final, que seria “objeto de apreciação e ponderação cuidadas”.