Da Redação com Lusa
Uma plataforma criada em Viana do Castelo, que guia os utilizadores, através de enigmas, à aventura de descoberta dos lugares emblemáticos da cidade já está disponível noutras regiões do país e até final do ano em 10 países.
“O projeto-piloto começou a ser concebido em 2019 e arrancou no ano seguinte em Viana do Castelo, mas veio a pandemia de covid-19 e atrasou os nossos planos. No início de 2021 expandimos as primeiras aventuras a Lisboa, Porto, Braga e Ponte da Barca. Temos em fase final circuitos na Alemanha e Suécia e até final do mês esperamos ter concluído o da Dinamarca. O objetivo é chegar ao fim do ano com estes guias turísticos em 10 países”, afirmou à Lusa, Hugo Araújo.
A ‘Outdoor City Challenges’ permite aos utilizadores “conhecer e explorar locais de uma forma moderna, divertida e enigmática, apresentando-se como um guia turístico que acompanha o visitante numa aventura da vida real”.
“O utilizador escolhe um percurso com vários pontos de passagem, locais de interesse, como jardins, estátuas, monumentos, edifícios e, em cada ponto de paragem, tem um enigma para resolver, após o que é possível avançar para a etapa seguinte do mapa”, explicou o autor do projeto, de 36 anos.
Além dos enigmas, Hugo Araújo explicou que “a plataforma dá informações histórico-culturais sobre pontos relevantes, bem como sugestões de visita obrigatória, como por exemplo sítios frequentados pelos habitantes locais, para degustação de produtos típicos ou convívio”.
Hugo Araújo explicou que o projeto-piloto criado na cidade de Viana do Castelo surgiu “do gosto de viajar e conhecer novas cidades e culturas, aliado à necessidade de disponibilizar aos turistas uma forma organizada, divertida e diferente de exploração e conhecimento, para além do tradicional mapa”.
“O gosto de enigmas e ‘escape rooms’, bem como a necessidade de existir uma atividade que permitisse vários grupos em simultâneo, levou-me a juntar mais dois colegas e a criar uma empresa, a Mapas Abstratos, para avançarmos com a nossa ideia de negócio”, explicou o promotor de Viana do Castelo.
Hugo Araújo revelou que, “recentemente o projeto foi um dos vencedores, entre centenas, de um concurso lançado pela Fabstart de Lisboa em conjunto com o Turismo de Portugal”.
“Estamos a tentar estabelecer parcerias com autarquias, ou hotéis para adquirirem licenças dos circuitos que podem ser incluídos em pacotes turísticos que promovam para atrair visitantes e turistas à cidade”, adiantou.
A experiência “pode ser vivida individualmente, ou em pequenos grupos, entre duas a seis pessoas, desde famílias, grupos de amigos ou mesmo colegas de trabalho e apresenta-se como um recurso para atividades de ‘team building’”.
As aventuras “podem ser realizadas em qualquer dia do ano e a qualquer hora, não havendo tempo limite para a sua realização”.
“O foco será sempre resolver o enigma e conhecer um pouco mais do ponto do percurso. Por exemplo, quantas pessoas de Viana do Castelo sabem que na Praça da República existe um relógio de sol? Passam por lá, diariamente e desconhecem. Quantas sabem que há uma rua de tributo à Amália Rodrigues? Os enigmas que criamos facilitam essa descoberta”, especificou.
Para “viver uma das experiências da ‘Outdoor City Challenges’ os utilizadores começam por ir ao ‘website outdoorcitychallenges.com’ e escolhem uma aventura num dos locais disponíveis”.
“Depois de confirmarem a compra, recebem no ‘email’ de acesso à plataforma, bem como a respetiva licença. No dia em que pretendem fazer a aventura, basta abrirem a plataforma no telemóvel, selecionar um dos quatro idiomas em que está disponível (português, inglês, espanhol ou francês) e introduzir a licença que receberam. O último passo antes de iniciar a aventura passa por definir um nome para a equipa. Depois, é só partir para a aventura”, especificou.
O “preço dos circuitos do ‘Outdoor City Challenges’ varia de cidade para cidade, mas oscila entre os 15 e os 30 euros”.
“A atividade pode demorar entre uma a três horas, dependendo do circuito que o utilizador escolher. A grande vantagem desta ferramenta é não impor horários e não precisarmos de guias turísticos. Começamos à hora que nos apetece, demoramos o temo que nos apetecer e ficamos a conhecer as cidades que visitamos”, frisou Hugo Araújo.
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