Da Redação
Em Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,6% no 4º trimestre de 2013, revendo em alta a primeira estimativa rápida (0,5%), e confirmando a revisão em alta anteriormente feita para o crescimento do 3º trimestre do mesmo ano (0,3%).
Segundo estes dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo, acelerando no último trimestre do ano – duplicou o ritmo de crescimento do trimestre anterior.
Em relação à rubrica do investimento, verifica-se que este cresceu pelo segundo trimestre consecutivo, apesar da contribuição negativa da variação das existências.
O INE sublinha ainda que a formação bruta de capital fixo cresceu, em termos homólogos, no último trimestre de 2013, pela primeira vez desde o 2º trimestre de 2008 (ou seja, desde há mais de cinco anos). E a recuperação do investimento é crucial, não apenas no curto prazo, mas também a longo prazo, já que determina o crescimento potencial.
Quanto às exportações, aceleraram quer medidas em cadeia (+1%), quer em termos homólogos, obtendo-se – neste caso – um aumento de 9,4% face ao último trimestre de 2012.
O crescimento em cadeia foi provocado, simultaneamente, pela procura interna (contributo de 0,4 pontos percentuais) e da procura externa líquida (contributo de 0,2 pontos percentuais).
Em termos homólogos, a economia cresceu 1,7% (revisão em alta face aos 1,6% anteriormente divulgados), o primeiro crescimento homólogo desde o 4º trimestre de 2010, isto é, desde há 3 anos. Em termos médios anuais, o PIB caiu 1,4%, muito acima dos -2,3% que o Governo e a troika chegaram a projetar.
Na evolução anual do PIB, as exportações registraram uma forte aceleração, de um crescimento de 3,2% (2012) para 6,1% (2013). O peso das exportações no PIB atingiu 40,6%, subindo de 38,7% (2012), e registrando um recorde, de acordo com o governo.