Da Redação
Um projeto de pesquisa sobre a emigração portuguesa atual, “REMIGR: A Nova Emigração e a Relação com a Sociedade Portuguesa”, financiado pela FCT e desenvolvido por uma equipe da Universidade de Lisboa, da Universidade de Coimbra e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, quer a participação de emigrantes em diversas partes do mundo.
Os objetivos do projeto são conhecer o perfil dos portugueses residentes no estrangeiro, as suas trajetórias migratórias, os fatores que impulsionaram as saídas, as suas intenções de mobilidade, e as suas relações com Portugal. Para tal, o projeto recorre a diversas fontes de informação, entre elas, um inquérito por questionário online, que pode ser acessado neste link: http://tiny.cc/remigra.
Dentro do projeto, no plano empírico, serão considerados apenas os fluxos ocorridos na última década (depois da viragem do século) e aprofundadas duas das suas modalidades mais exemplares, a mobilidade de jovens qualificados (detentores de diploma superior) e a de trabalhadores manuais pouco qualificados, no contexto de alguns países de destino. Será efetuado um levantamento dos principais dados estatísticos disponíveis, quer a partir de Portugal, quer dos países de destino, e estudados em profundidade aqueles dois tipos de emigrantes em países que se destacaram como receptores nos últimos anos. Os destinos escolhidos foram França e Reino Unido, na União Europeia, e Angola e Brasil, fora da Europa.
No plano teórico, a principal questão de investigação é conhecer as relações que os novos emigrantes estabelecem com Portugal. Esta questão é particularmente relevante face às novas características dos fluxos. Por um lado, em relação à emigração do passado, os novos fluxos envolvem indivíduos mais qualificados, que se deslocam em modalidades mais temporárias e circulatórias. Por outro lado, o contexto mudou nas suas dimensões tecnológicas (maior facilidade de transporte e comunicação), econômicas (maior desregulação dos mercados de trabalho) e políticas (maior facilidade de circulação na União Europeia).
Podem responder ao inquérito os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou nascidos em Portugal, com 18 e mais anos, que tenham saído de Portugal depois de 2000 e vivam atualmente no estrangeiro. As respostas são anônimas e confidenciais e destinam-se apenas a fins acadêmicos. Saiba mais informações em http://www.remigr.pt/.