Mundo Lusíada
Com Lusa
O PCP anunciou em 06 de novembro, em comunicado, a existência de um documento conjunto com o PS a fim de viabilizar uma alternativa governativa protagonizada pelos socialistas e uma proposta de data para a sua divulgação, embora sem a divulgar.
O texto “Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política” deverá ainda ser apresentado nas reuniões dos órgãos socialistas, agendadas para sábado e domingo, em Lisboa, enquanto o Comitê Central comunista se reúne também ao longo do dia de domingo.
Segundo o PCP, o documento “permite afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP, assegurar um governo da iniciativa do PS, num quadro em que está garantida uma composição da Assembleia da República para a formação de um governo do PS, a apresentação do programa, a sua entrada em funções e para a adoção de uma política que assegure uma solução duradoura”.
Também o Bloco
O Bloco de Esquerda (BE) também anunciou no seu ‘site’ oficial a conclusão das negociações com o PS para a formação de uma alternativa de Governo, considerando que estão criadas as condições para um acordo à esquerda.
“A Comissão Política do Bloco de Esquerda aprovou na noite de quinta-feira o documento de trabalho resultante das negociações do Bloco com o Partido Socialista” divulgou o partido. “A Comissão Política congratula-se com este resultado. Pela parte do Bloco, as negociações com o PS estão concluídas e estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela proteção do emprego, dos salários e das pensões”.
No último dia 03, o líder parlamentar do PS frisou que um acordo com PCP e Bloco de Esquerda tem de ficar “aclarado” até discussão do programa de Governo PSD/CDS e só com uma alternativa consolidada votaria ou apresentaria moção de rejeição. “Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento” disse Carlos Cesar.
Verdes apresentam rejeição
De forma independente, o partido Os Verdes também apresentam uma moção de rejeição à coligação, declarou Heloísa Apolonia, afirmando que é possível uma alternativa em Portugal. “O PSD e CDS continuam a recusar a ideia da derrota eleitoral que sofreram. Perderam a maioria absoluta e não reconhecem que existe, hoje, um novo quadro parlamentar, uma nova composição parlamentar, onde existe uma maioria de deputados que se comprometeram com uma mudança de políticas e aquilo que o programa faz é propor uma continuidade”.
O programa do XX Governo Constitucional, liderado por Passos Coelho e Paulo Portas, foi nesta sexta-feira entregue ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e vai ser debatido na segunda e terça-feira no parlamento. Em caso de aprovação de alguma moção de rejeição no plenário o executivo é demitido.