Da Redação
Com Lusa
Os partidos portugueses que concorrem às eleições legislativas de 06 de outubro contam gastar 8,1 milhões de euros na campanha, valor inferior aos 8,8 milhões de euros estimados em 2011, apesar de se apresentarem a sufrágio mais forças políticas.
De acordo com os orçamentos publicados pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o PS é o partido que mais conta gastar na campanha – 2,4 milhões de euros – enquanto o Partido da Terra (MPT) prevê gastar zero e o PNR e o PURP apenas 1.500 euros.
Se em 2015 concorreram às legislativas 16 forças políticas (apenas 12 em todos os círculos eleitorais), este ano os dados finais ainda não foram disponibilizados pela Comissão Nacional de Eleições, mas o boletim de voto deverá crescer em vários círculos, em alguns casos para as 21 candidaturas.
Até ao prazo limite, segunda-feira, foram entregues 18 orçamentos no Tribunal Constitucional, com a Entidade das Contas a listar os partidos Nós, Cidadãos!, MAS, PPM e POUS como os que não entregaram, até agora, a estimativa de receitas e despesas.
Em 2015, PSD e CDS-PP concorreram juntos às legislativas e foi a coligação Portugal à Frente que apresentou o maior orçamento de campanha – 2,8 milhões – seguindo-se o PS, com 2,6 milhões.
Nesta campanha, os socialistas baixaram o orçamento em relação há quatro anos, mas serão a força política com mais despesas previstas, 2,4 milhões, dos quais as maiores fatias serão para comícios e espetáculos e propaganda e comunicação impressa e digital (mais de um milhão de euros no conjunto das duas rubricas).
O PSD prevê gastar 2,05 milhões na campanha, onde se destacam os 650 mil euros para custos administrativos e operacionais e os 400 mil para estruturas, cartazes e telas.
Seguem-se a CDU (coligação que junta PCP e Verdes) que inscreve 1,2 milhões de euros de despesas previstas com a campanha (abaixo dos 1,5 milhões de 2015), o Bloco de Esquerda que aumenta o seu orçamento de 600 mil euros há quatro anos para mais de 983 mil este ano e o CDS-PP, que prevê gastar 700 mil euros na campanha.
Entre os partidos com assento parlamentar, o PAN prevê gastar 138.885,47 euros, bastante acima dos 30 mil euros de 2015, mas ainda assim atrás de dois partidos estreantes em legislativas: a Aliança e o Chega.
O partido liderado pelo ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes orçamentou despesas de 250 mil euros e o presidido por André Ventura de 150 mil euros.
O PDR prevê gastar 100 mil euros na campanha, a Iniciativa Liberal — outro estreante – 50 mil euros, seguidos do Juntos Pelo Povo, que orçamentou 28 mil euros, e o RIR de Tino de Rans, que contabilizou 25 mil euros para despesas.
Já o PCTP-MRPP conta gastar 18 mil euros na campanha para as legislativas, o Livre 11 mil euros e o PTP 4 mil.
Os partidos que menos contam gastar na campanha são o PNR e o PURP, com 1.500 euros cada um, e o MPT, que conta ter zero euros de receitas e despesas com a campanha.
Das 18 forças políticas que entregaram os seus orçamentos, nove contam receber subvenção estatal, a que têm direito os partidos que obtenham representação parlamentar e cujo valor varia em função dos resultados eleitorais.
O PS e o PSD contam que a totalidade das suas despesas seja coberta pela subvenção estatal — estimando receitas nesta rubrica de 2,4 e 2,05 milhões, respetivamente -, enquanto o BE conta receber 890 mil euros do Estado e a CDU 885 mil euros.
Como habitualmente, o CDS-PP não inscreve no orçamento entregue o valor que prevê receber do Estado, estimando 700 mil euros de receitas como contribuição do partido, enquanto o PAN conta com 138 mil euros do Estado.
Entre os partidos atualmente sem representação parlamentar, destaque para a Aliança, que espera receber 250 mil euros do Estado, enquanto o RIR conta com 140 mil euros de subvenção estatal, o JPP 28 mil e o Livre 11 mil.