Da Redação
A Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP) quer lançar no ano letivo de 2019/2020 uma fase-piloto do programa Pessoa, que pretende promover a mobilidade acadêmica e aprofundar a cooperação científica.
A aposta no programa Pessoa é uma das deliberações da VII reunião da AP-CPLP, que decorreu em dezembro em Lisboa.
Os representantes dos parlamentos dos nove membros da CPLP comprometeram-se a “impulsionar politicamente, exortando os governos e os agentes administrativos e políticos, a concretização das medidas legislativas, administrativas e financeiras necessárias à instituição e desenvolvimento deste programa, permitindo o seu início no ano letivo de 2019/2020, através de uma fase-piloto”.
O programa Pessoa — semelhante ao Erasmus, aplicado ao espaço da CPLP — é considerado como “instrumento fundamental de aproximação dos países de língua portuguesa e de reforço da identidade desta comunidade, que visa permitir a mobilidade dos estudantes, investigadores, docentes e não docentes”.
Outro objetivo é o “aprofundamento da cooperação científica, acadêmica e formativa e o diálogo e partilhas interculturais, permitindo a frequência letiva, durante um período de tempo determinado, de instituições de ensino de outro país da comunidade”, lê-se na deliberação adotada pelos nove parlamentos.
Os parlamentos comprometem-se ainda a contribuir para a promoção do programa junto das instituições de ensino superior, da rede científica, dos mecenas empresariais e dos fundos europeus e internacionais de apoio à ciência e também a estimular a produção científica em português.
Após a fase de teste do projeto, a AP-CPLP irá juntar as entidades envolvidas no programa, incluindo os estudantes, para “aproximar intervenientes, promover partilha de experiências e aperfeiçoar o programa”.
A iniciativa é descrita como “uma oportunidade inestimável para divulgação do conhecimento da CPLP entre os países e as suas pessoas, nomeadamente no contexto privilegiado que são as universidades”.