Parlamento português vai iniciar comemorações do 25 de Abril com conferência

Da Redação
Com Lusa

Em 02 de abril, a Assembleia da República inicia as comemorações do aniversário da revolução de 25 de Abril de 1974 com uma conferência denominada “A democracia portuguesa 45 anos depois”.

Segundo fonte do parlamento, a conferência pretende “fazer um balanço da democracia portuguesa desde 1974 no plano político, econômico e social, e perspectivar os desafios futuros”.

A iniciativa, dinamizada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, marca o arranque neste ano das comemorações dos 45 anos da Revolução dos Cravos no parlamento.

A conferência será aberta pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que, de acordo com a mesma fonte, considera que este será “o momento oportuno para fazer uma reflexão em torno dos problemas atuais da democracia portuguesa e um exercício coletivo de mobilização com sentido de futuro”.

Agendada para terça-feira de manhã, a conferência” A democracia portuguesa 45 anos depois” vai decorrer na Sala do Senado do parlamento, em Lisboa, e é organizada por Rui Branco e Tiago Fernandes, do Departamento de Estudos Políticos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Também o reitor da instituição, João Sàágua , participará na abertura da conferência, que conta com dois painéis – “a democracia portuguesa 45 anos depois” e “os desafios da democracia”.

O primeiro, com moderação do professor catedrático Pedro Tavares de Almeida, contará com intervenções do professor auxiliar Rui Branco (que falará sobre “democracia, Estado-providência e (des)igualdade), de Tiago Fernandes, Cláudia Araújo e Isabel Gorjão Santos, também da FCSH (que se debruçarão sobre “sociedade civil, protesto e qualidade da democracia no Portugal democrático), da investigadora do Centro Português de Relações Internacionais da Universidade Nova Edna Falorca da Costa (que fará uma intervenção subordinada ao tema “gênero e desigualdades: caminhos percorridos em 45 anos de democracia”), e ainda da investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Filipa Raimundo (que irá intervir sobre “ditadura e democracia: legados da memória”).

Já o segundo painel, que arrancará da parte da tarde, terá moderação dos organizadores da conferência, e contará com a presença do investigador do Instituto de Ciências Sociais António Costa Pinto (cuja intervenção se denomina “the governing elite of portuguese democracy. The persistence of elitism), do economista Ricardo Paes Mamede (que falará sobre “crises económicas, mudanças estruturais e 45 anos de democracia) e da professora Margarida Marques, também da FCSH (que intervirá sobre “legados coloniais: migrações e a construção de uma sociedade plural”).

O mesmo painel contará ainda com a presença do investigador auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Luís de Sousa (que fará uma análise comparada dos casos português e espanhol, no que toca o tema da “corrupção e satisfação com a democracia em contextos de austeridade”), e ainda de João Cancela, doutorando em Ciência Política (e que fará uma análise denominada “cartografia de um declive: a geografia da participação eleitoral na democracia portuguesa”).

O encerramento da iniciativa caberá ao orador principal Robert M. Fishman, professor da Universidade Carlos III, de Madrid.

À sua intervenção, segue-se uma mesa redonda na qual estão previstas intervenção dos representantes de todos os grupos parlamentares. A conferência pretende abranger vários temas, a partir de estudos desenvolvidos pelos oradores.

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