Da Redação
Com Lusa
A alemã Ursula Von der Leyen foi eleita neste dia 16 para a presidência da Comissão Europeia pelo Parlamento Europeu, ao recolher no hemiciclo de Estrasburgo (França) 383 votos a favor, 327 contra, 22 abstenções e um nulo.
Candidata indigitada pelo Conselho Europeu para a presidência da Comissão Europeia, a conservadora Von der Leyen, 60 anos, irá suceder, em 01 de novembro, ao luxemburguês Jean-Claude Juncker, que liderou o executivo comunitário nos últimos cinco anos, tornando-se na primeira mulher a ocupar o cargo.
A nova presidente da Comissão Europeia precisava de pelo menos 374 votos para ser eleita – metade dos eurodeputados mais um -, tendo superado a maioria absoluta por apenas nove votos.
O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa saudou a eleição de Ursula Von der Leyen, felicitando-a e também ao Parlamento Europeu e Conselho Europeu por este “final feliz”.
Numa nota divulgada no portal da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa considera que esta eleição é “muito importante para o normal funcionamento das instituições europeias”.
“Com este resultado, a presidente Ursula Von der Leyen será finalmente a primeira mulher a ser eleita para dirigir os destinos da Comissão nos próximos cinco anos”, salienta o Presidente da República.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que o Governo se regozija com a eleição de Ursula, sublinhando que os seus compromissos “vão todos no sentido certo”.
“O Governo regozija-se com o resultado da votação e a eleição por parte do Parlamento Europeu da personalidade proposta pelo Conselho europeu para o exercício da presidência da Comissão Europeia”, afirmou Augusto Santos Silva à margem da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros onde esteve a ser ouvido esta tarde.
“Como o primeiro-ministro teve ocasião de dizer ontem [segunda-feira], entendemos que os compromissos assumidos pela presidente eleita são muito claros e vão todos no sentido certo”, disse o chefe da diplomacia português.
Segundo Santos Silva, a nova presidente da Comissão Europeia pauta-se pela “defesa do Estado de Direito, defesa do completamento da União Econômica e Monetária, defesa da criação do instrumento orçamental para a competitividade e a convergência e defesa da atenção que a Europa toda deve prestar à transição energética e à descarbonização da nossa economia”.
Os compromissos de Ursula Von der Leyen tomou enquanto candidata “indicam que dirigirá uma comissão no sentido” que Portugal sempre defendeu: “maior integração europeia, maior capacidade da Europa de responder às necessidades dos cidadãos e assegurar a prosperidade das nossas economias, assegurar a convergência econômica e social no interior da União Europeia, defender o Estado de direito e o protagonismo da Europa nas grandes agendas do mundo de hoje”, concluiu.