Paris2024: Filipa Martins na final do ‘all around’ é “passo gigante” para ginástica lusa

A ginasta Filipa Martins, durante o seu exercício de trave da prova de qualificação de Ginástica Artística, a contar para os Jogos Olímpicos de Paris, que decorrem entre 26 de julho e 11 de agosto, em Paris, França, 28 de julho de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Da redação com Lusa

 

O inédito apuramento de Filipa Martins para a final do concurso completo (‘all around’) dos Jogos Olímpicos Paris2024 é uma “alegria imensa” e um “passo gigante” para a ginástica artística portuguesa, considerou hoje o presidente da federação.

“É uma alegria imensa, estamos todos eufóricos, nas nuvens. Um feito e passo gigante para a ginástica artística nacional. Um momento histórico. É difícil ter palavras depois de um trabalho, espírito de sacrifício, força de vontade da Filipa e dos seus treinadores José Ferreirinha e Joana Carvalho, do clube, da associação… toda a gente que nestas décadas a acompanhou desde a primeira treinadora, Cristina Gomes”, elogiou Luís Arrais, em declarações à Lusa.

Filipa Martins assegurou uma das 24 vagas na final de Paris2024, ao conseguir 53.166 pontos, com 14.133 nos saltos, graças ao Yurchenko com dupla pirueta, 13.800 nas paralelas assimétricas, a sua especialidade, 12.633 no solo e 12.600 na trave.

“Há um grande trabalho, grande vontade, grande motivação e grande espírito de sacrifício da Filipa. É gigantesco. Um feito desejado há décadas e que finalmente aconteceu”, congratulou-se o dirigente.

A ginástica do Acro Clube da Maia foi 37.ª no Rio2016 e 43.ª em Tóquio2020, mas é aos 28 anos, idade invulgar atletas de alta competição na artística, que vai conseguir o melhor resultado olímpico da sua carreira.

“Tudo é possível com trabalho e dedicação. Desta vez provou-se que tudo é possível através de uma atleta fora de série que mostra a todos os ginastas portugueses que os sonhos estão ao nosso alcance, só precisamos de os ter e depois trabalhar para os obter, alcançar”, reforçou Luís Arrais.

O presidente da federação espera agora que Filipa Martins possa atingir o melhor lugar possível, “melhorando um bocadinho” o seu desempenho, apesar de tudo o que conseguiu até agora ser “excelente”.

Finalmente, deu os parabéns à ginástica nacional pelo “momento excepcional” que diz esta estar a viver.

“Em 2023 tinha sido um ano fantástico, mas 2024 está a ser fabuloso e ainda não acabou…”, concluiu Luís Arrias, que acompanhou ‘in loco’ a atuação de Filipa Martins.

Neste dia 28, a portuguesa Filipa Martins conseguiu uma inédita qualificação para a final do concurso completo (‘all-around’) de ginástica artística, na sua terceira presença olímpica.

Depois de ter sido 37.ª no Rio2016 – a melhor classificação de sempre de uma portuguesa – e 43.ª em Tóquio2020, a ginasta natural do Porto, assegurou uma das 24 vagas na final olímpica, marcada para quinta-feira, às 18:15 locais (17:15 em Lisboa).

A ginasta do Acro Clube da Maia já era também a primeira e única portuguesa a chegar a finais por aparelhos de Mundiais, nas paralelas assimétricas (oitava), em Kitakyushu, em 2021, quando também disputou pela primeira vez a final do ‘all-around’ (sétima), um feito que repetiu, em 2023, em Antuérpia (21.ª).

 

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