Pandemia custou ao Estado português 1.461 ME até abril

Novo posto fixo da Cruz Vermelha Portuguesa para realização de testes de covid-19, em Lisboa, 09 de outubro de 2020. ANTÓNIO COTRIM//LUSA

Da Redação com Lusa

As medidas de mitigação e combate contra a covid-19 custaram aos cofres do Estado 1.461 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, anunciou o Ministério das Finanças.

“Não obstante a menor magnitude das medidas covid-19 em 2022 face ao período homólogo, o impacto no saldo até abril ascende a 1.461 milhões de euros”, adiantou, em comunicado, o executivo.

Para este valor contribuíram as medidas extraordinárias do lado da receita, que corresponderam a 240 milhões de euros.

Destaca-se aqui a perda da receita que decorre da prorrogação do pagamento do IVA, que se fixou em 241 milhões de euros, bem como o encaixe da revenda de vacinas contra a covid-19 a países terceiros.

No que se refere à despesa, as medidas com impacto no saldo representaram 1.221 milhões de euros, destacando-se os apoios direcionados ao rendimento das famílias (340 milhões de euros) e ao setor da saúde (429 milhões de euros) e às empresas (320 milhões de euros).

Déficit

O Estado totalizou um déficit, em contabilidade pública, de 782 milhões de euros até abril, o que traduz uma melhoria de 4.272 milhões de euros face aos primeiros quatro meses de 2021, indicou o Ministério.

“A execução orçamental em contabilidade pública registou um défice de 782 milhões de euros em abril de 2022, evidenciando uma melhoria de 4.272 milhões de euros face aos primeiros quatro meses de 2021, momento em que a atividade econômica foi fortemente afetada por um confinamento geral”, lê-se no comunicado.

Segundo o documento, que antecede a publicação da síntese de execução orçamental, tendo em consideração o mesmo período de 2019, antes do impacto da pandemia de covid-19, o saldou melhorou em 528 milhões de euros.

A evolução verificada no primeiro quadrimestre do ano é justificada com a melhoria da atividade econômica e do mercado do trabalho, bem como pela redução dos encargos associados às medidas de combate à pandemia de covid-19.

A receita cresceu até abril 15% face a 2021, enquanto a despesa cedeu 1,8%.

Se não for considerado o efeito da despesa associada à pandemia, a despesa primária avançou 2,1%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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