Palmeiras do português Abel vence e segue para a final do Mundial

Foto: Fabio Menotti

Da Redação

A Sociedade Esportiva Palmeiras segue na disputa do Mundial após superar o Al Ahly-EGI nesta terça-feira (08) por 2 a 0, gols de Raphael Veiga, aos 38 minutos do primeiro tempo, e de Dudu, aos três da etapa final, no Estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).

Com a classificação, o time brasileiro liderado pelo português Abel Ferreira disputa a final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa 2021 no próximo sábado (12), às 13h30 (horário de Brasília – 20h30 no horário local) e enfrenta o vencedor de Chelsea-ING e Al Hilal-ARA, duelo agendado para esta quarta-feira (09), às 13h30 de Brasília.

Este foi o segundo encontro entre Palmeiras e Al Ahly-EGI na história – no Mundial do ano passado, os clubes empataram sem gols na disputa do terceiro lugar e o time egípcio levou a melhor nos penais.

O técnico Abel Ferreira e sua comissão portuguesa ampliaram uma marca avassaladora que construíram no Palmeiras desde que chegaram em novembro de 2020: 15 vitórias em 21 disputas eliminatórias.

Significa que os portugueses venceram 71,42% dos confrontos de mata-mata (ou seja, considerando os duelos que valiam classificação à próxima fase ou título de qualquer competição), contra 28,58% das vezes em que foram eliminados ou ficaram com o vice-campeonato.

“Aqui ganhamos todos juntos e perdemos todos juntos! Gosto de ter equilíbrio na vida, foi o que fez a gente ganhar. Respeitamos o adversário e seguimos o plano”, disse o técnico palmeirense após a partida contra o Al Ahly-EGI e mantendo foco total para a decisão. “A final é Davi contra Golias. Nunca vendi ilusões a ninguém. É verdade, vamos ver quem será o adversário. Falo do próximo jogo quando sair o adversário. Temos um propósito: ganhar”, encerrou o treinador, deixando claro que não tem preferência pelo rival no próximo sábado.

Vale lembrar que a estreia de Abel Ferreira no Verdão, curiosamente, já aconteceu em um duelo decisivo. Foi no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil de 2020, em 5 de novembro daquele ano, contra o Red Bull Bragantino – o Palmeiras venceu por 1 a 0 com gol de Gabriel Veron e se classificou para as quartas do torneio que sairia como campeão.

Pouco antes de embarcar rumo à disputa do Mundial em Abu Dhabi, Abel Ferreira havia dirigido o time em uma vitória contra a Ponte Preta no Allianz Parque e se tornou o técnico com mais vitórias na arena palmeirense desde que foi inaugurada em 2014, com 25 triunfos, ultrapassando Cuca, com 24 (Abel já era quem mais jogos possuía na casa palmeirense com esse atual formato, com 42 jogos – chegou a 43 contra a Ponte –, seguido de Cuca, com 35 partidas).

Entretanto, embora o treinador do Palmeiras não dê muita importância para marcas pessoais, e sempre destaque o cenário da coletividade e da busca pelas incessante conquistas, o fato é que ele já está marcado na história do Palmeiras, além dos títulos que conduziu o clube desde que chegou em 2020, por tantas outras marcas.

Abel Ferreira é, por exemplo, o terceiro técnico que mais jogos de Libertadores esteve à frente do banco de reservas do Verdão na história do clube pela competição, com 19 partidas, atrás só de Vanderlei Luxemburgo (25), e de Felipão (43); além disso, ele aparece na segunda posição na lista de técnicos com mais vitórias pela Liberta na história do Verdão, com 14 triunfos, atrás só de Felipão, com 23.

Na trajetória alviverde no Campeonato Brasileiro desde 1960 (a competição começou em 1959), Abel já é o oitavo que mais dirigiu o clube, com 48 jogos pela competição, atrás de Emerson Leão e Jorge Vieira, empatados em sétimo, com 50 jogos; de Dudu, 6º, com 62 duelos; de Cuca, 5º, com 63 jogos; de Rubens Minelli, 4º, com 65 partidas; de Oswaldo Brandão, 3º, com 111 duelos; de Luxemburgo, 2º, com 147 jogos embates; e de Felipão, recordista no quesito, com 203 partidas comandadas pelo Palmeiras em jogos de Brasileirão.

Autor de um dos gols da final da Libertadores contra o Flamengo, que credenciou o Verdão a participar do Mundial de Clubes, Raphael Veiga deixou sua marca em outra partida decisiva, inaugurando o marcador aos 38 minutos de bola rolando. Com isso, ampliou seu saldo como o segundo principal artilheiro do atual elenco, agora com 44 gols, atrás apenas de Dudu, que chegou a 77 com o segundo gol da partida (cuja assistência foi concedida por Raphael Veiga). O camisa 23, aliás, quebrou um tabu que já durava mais de 70 anos: o Palmeiras não marcava um gol em competições mundiais desde 1951, quando Liminha garantiu a taça ao Alviverde ao anotar o tento do empate por 2 a 2 na decisão com a Juventus-ITA.

Estreante pelo Palmeiras em Mundial, Dudu foi outro destaque indiscutível. O camisa 7, além da ótima atuação, concedeu a assistência para o primeiro gol da partida, de Raphael Veiga, e ainda fez o seu no início do segundo tempo, com um belo chute de pé direito após invadir a área em velocidade.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *