Países lusófonos reforçam apoio internacional para nova fase da Guiné-Bissau

Da Redação
Com Rádio ONU

Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho com o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, 20 outubro. Foto: Vitor Pires
Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho com o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, em outubro. Foto: Vitor Pires

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, informou que apoia, inteiramente, os esforços da Guiné-Bissau de levar a cabo a reforma política e de segurança do país.

Falando em nome da Cplp numa sessão sobre a Guiné-Bissau no Conselho de Segurança, em 05 de fevereiro, a embaixadora do Timor-Leste, Sofia Borges, disse que o novo governo guineense está tomando as medidas certas para promover a estabilidade da nação do oeste da África. O novo governo foi empossado em meados de 2014, dois anos após a Guiné ter sofrido um golpe de Estado.

Participaram do encontro representantes da Guiné-Bissau, de Angola, Portugal, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, entre outros.

O embaixador do Brasil junto à ONU, Antonio Patriota, que é também o presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, afirmou que o apoio internacional é palpável.

“É perfeitamente realizável, as cifras não serão especialmente elevadas. É uma questão de apoiarmos projetos e programas, ajudar tanto nos programas sociais como na desmobilização e na aposentadoria de alguns efetivos das Forças Armadas, modernização das forças de segurança, e também velar para que haja investimento que propicie uma diversificação da economia bissau-guineense.”

Já o embaixador de Portugal, Álvaro Mendonça e Moura, que também participou da reunião do Conselho, contou que seu país tem feito esforços políticos na União Europeia para que haja um financiamento robusto à nova fase guineense. Mendonça e Moura lembrou ainda que Portugal já está acertando os detalhes de uma parceria na formação de quadros militares no país africano.

“Nós estamos a desenvolver diversas diligências a nível político no sentido de que, quer da parte dos nossos parceiros europeus, quer da própria Comissão Europeia, haja um envolvimento financeiro substancial no apoio à Guiné-Bissau. Este aspecto parece-nos fundamental para criar condições para levar para a frente a reforma do setor de segurança e defesa, e depois para criar as condições para o relançamento econômico do país.”

Após a reunião, os países-membros do Conselho de Segurança se reuniram a portas fechadas sobre o tema da Guiné-Bissau. No relatório, o secretário-geral pediu a renovação do mandato da presença das Nações Unidas no país, com o Uniogbis, até fins de fevereiro de 2016.

A representante da Guiné-Bissau no encontro, Maria-Antonieta Pinto Lopes D’Alva afirmou que o apoio financeiro é vital para que o país africano avance com as reformas rumo à uma nova fase de estabilidades política e econômica.

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