“Os portugueses querem que o PS governe” – Antonio Costa

MIGUEL A. LOPES/LUSA

Mundo Lusíada com Lusa

Antonio Costa, secretário-geral socialista afirmou nesta noite esperar que todos os partidos façam uma leitura dos resultados das eleições legislativas e concluam que os portugueses querem tranquilidade política em Portugal e o PS a governar.

Esta posição foi transmitida por António Costa em declarações à RTP, num momento em que os resultados eleitorais já indiciam um triunfo do PS por margem confortável nas eleições legislativas.

“Espero que todos os partidos façam a leitura do resultado eleitoral. Passados dois anos [das últimas eleições legislativas], estamos perante o segundo reforço do PS. É um sinal claro de que os portugueses querem que o PS governe e querem tranquilidade nas suas vidas. Espero que todos entendam isso”, afirmou.

Até agora, de acordo com António Costa, a partir dos dados dos resultados já divulgados, “verifica-se, aparentemente, um reforço da posição do PS” em relação ao último ato eleitoral, e o PS pode atingir a maioria absoluta nestas eleições.

“São projeções, vamos aguardar pelo resultado final, mas há um dado claro de que o PS ganhou estas eleições”, acrescentou.

O líder socialista afirmou ainda que, depois de seis anos de Governo e dois de luta contra a pandemia da covid-19, é com “muita emoção” que irá assumir a “responsabilidade” que os portugueses lhe confiaram.

“Depois de seis anos do exercício de funções como primeiro-ministro, depois dos últimos dois anos num combate sem precedentes contra uma pandemia, é com muita, muita emoção que assumo esta responsabilidade que os portugueses hoje me confiaram”, disse.

António Costa disse que se trata de uma noite “muito especial” para si e “seguramente para todos” os socialistas. “Esta foi uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade”, afirmou António Costa.

Participação

Costa comentou sobre redução da abstenção face às legislativas de 2019 e elevada mobilização dos portugueses que “perceberam” a importância deste ato eleitoral, enquanto acompanha os resultados oficiais.

Nas suas primeiras palavras perante os jornalistas, o líder socialista salientou que a taxa de participação nestas eleições será superior àquela que se verificou nas legislativas de 2019, “o que significa que deverá assistir-se a uma redução da abstenção”.

“Desejo que esta noite eleitoral seja esclarecedora sobre a governação do país nos próximos quatro anos. Houve uma mobilização muito grande e um elevado sentido cívico dos portugueses. Sentiu-se isso aliás na campanha eleitoral e, aparentemente, traduziu-se nas urnas com uma maior participação cívica”, declarou.

De acordo com o secretário-geral do PS, “os portugueses perceberam que estas não eram mais umas eleições iguais às outras”.

“Eram umas eleições essenciais para o futuro do país”, sustentou.

Perante os jornalistas, o líder socialista recusou-se a comentar cenários eleitorais, preferindo antes referir que “todo o ato eleitoral decorreu com total normalidade”

“Não houve nenhum incidente digno de registo em nenhuma parte do país. Não tivemos qualquer tipo de boicote em nenhuma freguesia e todas as pessoas puderam votar em segurança. Portanto, quero saudar naturalmente todos os cidadãos que cumpriram o seu dever e exerceram o seu direito de voto, desejando naturalmente também cumprimentar todos os partidos e todos os candidatos a estas eleições legislativas pela campanha que fizeram, como decorreu, também sem nenhum incidente particularmente relevante e desejar que esta noite eleitoral seja esclarecedora da vontade do país sobre a governação nos próximos quatro anos”, acrescentou.

As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão a vitória ao PS nas eleições legislativas de hoje, com entre 36,6% e 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 26,7% e 32,7%.

O líder do PSD Rui Rio reconheceu resultado abaixo do esperado, e admitiu deixar a liderança do maior partido da oposição caso se confirme uma maioria absoluta do PS nestas legislativas.

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