Mundo Lusíada com Lusa
O Orçamento do Estado para 2022 foi hoje aprovado em votação final global no parlamento, com os votos a favor do PS e as abstenções dos deputados do PSD da Madeira e dos deputados únicos do PAN e Livre.
O diploma foi aprovado pelos deputados do PS, que têm a maioria absoluta dos 230 lugares no parlamento, e teve as abstenções dos deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira Sara Madruga da Costa, Sérgio Marques e Patrícia Dantas, assim como dos deputados únicos do PAN, Inês Sousa Real, e do Livre, Rui Tavares.
PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e BE votaram contra a proposta.
O primeiro-ministro defendeu que, com a aprovação em votação final global da proposta, o país virou a página da crise política e defendeu que esse era um passo que os portugueses aguardavam.
Tendo ao seu lado os ministros das Finanças, Fernando Medina, e Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o líder do executivo defendeu que os portugueses aguardavam pela aprovação deste Orçamento.
“Viramos a página desta crise. Portanto, agora, é mesmo arregaçar as mangas e pormo-nos ao trabalho. É isso que o país precisa, é isso que os portugueses merecem e é isso que seguramente querem”, considerou.
Perante os jornalistas, numa breve declaração, António Costa procurou sintetizar a sua perspectiva sobre as principais características da proposta orçamental do Governo que entrar+a em vigor em 07 de julho próximo.
“Este é um Orçamento que vai permitir aos jovens, à classe média e às famílias com menores rendimentos pagarem menos IRS. Vai permitir aos pensionistas receberem já a partir de julho o aumento extraordinário das suas pensões com efeitos retroativos a janeiro, assim como reforçar os equipamentos sociais, começando no Serviço Nacional de Saúde, mas, também, com o início do programa das creches gratuitas já a partir do início do próximo ano letivo”, sustentou.
António Costa defendeu em seguida que o Orçamento irá melhorar “significativamente a ação escolar para todos os jovens que pretendam frequentar os seus mestrados”.
“É um Orçamento que apoia fortemente a recuperação econômica, seja pelo incentivo que dá às empresas para poderem investir, seja também pelo reforço do investimento público”, acrescentou.
Também o ministro das Finanças defendeu que o orçamento hoje aprovado fecha o último capítulo da crise política, considerando que todos os que quiseram dialogar encontraram uma porta aberta junto da maioria absoluta do PS.
“Hoje fecha-se o último capítulo de crise política e retomamos o processo regular de governação em Portugal”, disse Fernando Medina, salientando que “todos os que quiseram dialogar contaram com uma porta aberta”.
“Prometemos que seríamos uma maioria de diálogo, somos uma maioria de diálogo”, vincou.