ONU: Mapa mostra altos níveis de carbono e biodiversidade

Atlas, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, na Polônia, é considerado o primeiro do gênero.

Por Mônica Villela Grayley Da Rádio ONU em Nova York

As Nações Unidas lançaram, na sexta-feira 05 de dezembro, em Poznan, na Polônia, um mapa global sobre Carbono e Biodiversidade. O mapa é parte do Atlas, de mesmo nome, e contém áreas do planeta, que concentram grande densidade de carbono com altos níveis de biodiversidade.

A pesquisa, publicada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, mostra como a redução de emissões de gases, causadas por desmatamento, pode ajudar não só a combater o aquecimento global, mas também a conservar a biodiversidade.

O atlas, que está sendo considerado o primeiro do tipo, foi compilado com o apoio do governo da Alemanha e da Sociedade Humana Internacional.

Gorilas O lançamento durante a Conferência sobre Mudança Climática em Poznan serviu para reforçar a importância de projetos de conservação ambiental, que deverão ocorrer no Sudeste da Ásia e na África Central.

Um deles, a Parceria pela Sobrevivência dos Primatas, que conta com o apoio da Unesco, procura proteger cerca de 300 gorilas em florestas da fronteira da Nigéria com os Camarões. A espécie está ameaçada de extinção. A ONU declarou 2009, Ano Internacional do Gorila.

A Conferência da ONU sobre Mudança Climática, em Poznan, é parte das negociações da nova fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. O documento prevê a redução, por partes dos países, de emissões de gases que causam o efeito estufa.

Campanha sobre efeito estufa Uma campanha do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitaria, Ocha, está pedindo mais investimentos no preparo de países mais vulneráveis às tragédias climáticas.

Segundo o Ocha, Moçambique, no sul da África, é um bom exemplo de nação que conseguiu lidar de maneira positiva com os desastres naturais.

A ONU afirma que nos últimos 20 anos, os desatres naturais dobraram passando de 200 para 400 por ano.

O subsecretário-geral de Assuntos Humanitarios, John Holmes, lembrou que o mundo já está sentindo os efeitos das mudanças climáticas.

Entre 1988 e 2007, mais de 75% de todas as tragédias ocorridas no mundo estavam relacionadas ao clima. E mais da metade das perdas econômicas foi causada por desastres naturais.

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