ONU: A “história da humanidade é uma história de migração”

Centenas de imigrantes ilegais protestam em frente à Assembleia da República exigindo a a legalização, Lisboa, 14 de maio de 2018. O protesto foi organizado pela Associação Solidariedade Imigrante que alega a existência de mais de 30 mil ilegais em Portugal sem resposta do governo. NUNO FOX/LUSA
Foto Arquivo/Lusa: Protesto de imigrantes em Lisboa.

Da Redação

Nesta semana, a presidente da Assembleia Geral, María Fernanda Espinosa, concluiu sua fala na ONU dizendo que “a história da humanidade é uma história de migração” e que “é parte da forma como o mundo se desenvolve.”

Ela defendeu que o Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular, “vai ajudar a assegurar que os migrantes, em todo o mundo, têm os seus direitos protegidos e são tratados de forma justa.”

Falando a jornalistas na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Espinosa defendeu o pacto que deve ser adotado em dezembro em Marraquexe, em Marrocos.

A presidente da Assembleia Geral explicou que a adoção do documento “é a oportunidade de os chefes de Estado e de governo enviarem uma mensagem muito importante” sobre este tema.

Espinosa afirmou que o encontro em Marrocos terá uma boa presença de representantes nacionais e destacou a expectativa de que o Pacto Global seja adotado.

Na etapa seguinte, o documento deverá ser enviado para Assembleia-Geral onde deve ser endossado em 18 de dezembro. Ela considerou “extremamente importante liderar pelo exemplo.”

Sobre os países que anunciaram que não vão participar na sessão, Espinosa explicou que deve ser respeitada a sua soberania, mas que espera que voltem a participar.

Ela lembrou que o documento é não vinculativo e pode ser adotado às realidades nacionais. A representante defendeu o Pacto dizendo que reflete uma “abordagem muito equilibrada” e que “mais do que nunca existe necessidade” de uma ferramenta deste gênero.

A presidente da Assembleia Geral falou também sobre as viagens que realizou durante o seu mandato. María Fernanda Espinosa fez um balanço sobre os seus primeiros meses de trabalho.

Quanto às sete prioridades, destacou no ambiente, a importância da Conferência das Partes, COP 24, que decorre este ano em Katowice, na Polônia.

Espinosa explicou que “ainda há muito para fazer” e que espera “um forte compromisso” dos países nesta área. Segundo ela, é preciso “um programa alcançável, que possa ser cumprido”.

A chefe da Assembleia Geral terminou dizendo que “ação climática é urgente” e “uma questão de sobrevivência”.

Jamal Khashoggi
Questionada sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, afirmou que continua apoiando uma “investigação completa e independente” sobre o tema.

A presidente da Assembleia Geral lembrou ainda que “esta não é uma situação única” e que 45 profissionais de mídia foram mortos desde o início do ano. Para ela, isso “não é aceitável.”

Espinosa falou também sobre as viagens que realizou durante o seu mandato. Em Genebra, na Suíça, ela participou no Fórum de Investimento Global.

Depois esteve no Vaticano, onde se encontrou com o Papa Francisco. Por fim, visitou Paris, em França, para participar na cerimônia que marcou o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.

A presidente fez também um balanço sobre o trabalho das diferentes comissões, fez uma atualização sobre as ações contra plásticos e destacou um novo documento sobre a Cooperação Sul-Sul.

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