Da redação com Lusa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recorreu a letras do alfabeto grego para designar as variantes do novo coronavírus SARS-CoV-2 consideradas de interesse ou preocupação, evitando a nomeação “estigmatizante e discriminatória” pelo local onde foram detectadas.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a OMS adianta que reuniu um grupo de especialistas, nomeadamente em nomenclatura e taxonomia de vírus, para adotar designações “simples e fáceis de dizer e memorizar”.
De acordo com a agência noticiosa francesa AFP, a variante B.1.1.7, detetada pela primeira vez no Reino Unido, foi batizada ‘Alpha’, a B.1.351, com origem na África do Sul, passou a chamar-se ‘Beta’ e a P.1, identificada no Brasil, ‘Gamma’. As sublinhagens B.1.617.1 e B.1.617.2 da variante B.1.617, com origem na Índia, foram designadas ‘Kappa’ e ‘Delta’, respetivamente.
Os novos nomes das variantes – que não substituem os nomes científicos, mais difíceis de pronunciar e lembrar, mas que continuarão a ser usados no contexto de trabalho científico – foram escolhidos após “uma ampla consulta e revisão de muitos sistemas de nomenclatura”, refere o comunicado da OMS, assinalando que a medida visa “simplificar as comunicações públicas” e evitar designar as variantes do SARS-CoV-2 pelos locais onde foram identificadas pela primeira vez, “o que é estigmatizante e discriminatório”.
A OMS incentiva as autoridades de cada país e os meios de comunicação social a adotarem as novas designações, que serão publicadas na página da organização na internet.
O SARS-CoV-2 é o coronavírus que causa a doença respiratória covid-19 que se tornou numa pandemia.
A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 3.543.125 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela AFP.
Em Portugal morreram 17.025 pessoas dos 849.093 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Casos hoje
Neste dia 31, Portugal registrou duas mortes relacionadas com a covid-19, 435 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e uma tendência de subida nos internamentos em enfermaria, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico de hoje, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que tem mais casos confirmados, com 240 dos 435 registados.
Relativamente aos internamentos hoje estão mais 12 pessoas em enfermaria totalizando 283, enquanto nos cuidados intensivos estão menos dois doentes, totalizando 52.
Os dados divulgados pela DGS mostram também que estão ativos mais 111 casos, para um total de 22.933, e que 322 pessoas foram dadas como recuperadas nas últimas 24 horas, num total de 809.135 recuperados.