Da Redação com ONUNews
Cabo Verde recebeu das mãos do diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o certificado de país livre da malária, ou paludismo, numa cerimônia que decorreu, nesta sexta-feira, na sala de sessões da Assembleia Nacional, na cidade da Praia.
O país é a terceira nação livre de malária na região africana, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificadas em 1973 e 2019, respetivamente.
Incidência da malária na região africana
Num continente onde a incidência da malária é a mais elevada do mundo, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, considerou a ocasião histórica para Cabo Verde e a saúde Pública global.
“Celebramos hoje o marco significativo. O anúncio do resultado de candidatura de Cabo Verde como país livre do paludismo. Este feito, mais do que um símbolo de avanço sanitário é um testemunho da nossa resiliência e do compromisso incansável de todos os envolvidos nesta conquista.”
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, também considerou um dia histórico para a nação e dedicou o certificado de país livre do paludismo ao povo cabo-verdiano.
“Nós lideramos e criamos e criamos as condições. Mas se não houver comportamento cidadão, se não houver atitude cidadã, se não houver participação cidadã e comunitária os resultados não aparecem. Por isso endossamos esta certificação ao povo cabo-verdiano com sentido de responsabilidade. Este é um momento histórico que estamos a celebrar. Um marco com impacto positivo sobre a saúde, para a população cabo-verdiana e para a reputação externa. Num país que tem o turismo como a sua principal atividade econômica, a eliminação do paludismo significa a eliminação de um constrangimento à mobilidade, da percepção e o reforço da confiança sanitária.”
Democracia, liberdade e erradicação da malária
Por sua vez, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, diz ser uma grande honra estar em Cabo Verde e fazer a entrega do certificado de país livre da malária.
Para o chefe da OMS trata-se de um marco histórico num mundo que tem estado a sofrer muitos desafios. Destacando um momento para celebrar, ele disse que a boa notícia deve anteceder outras ainda neste 2024. Tedros disse que a malária é uma doença antiga no mundo e será agora um tema do passado em Cabo Verde.
O diretor-geral da OMS defende que outros países deveriam aprender com Cabo Verde em sectores como a democracia, a liberdade e a erradicação do paludismo, doença que, segundo Ghebreyesus já parte do passado em Cabo Verde.