Da Redação
Portugal aumentará em 30% (quase um terço) a oferta de residências para idosos no final da execução do Plano de Recuperação e Resiliência e do Programa de Alargamento da Rede de Equipamento Sociais, disse o Primeiro-Ministro António Costa na inauguração da residência Nossa Senhora da Piedade, em Almada, onde esteve acompanhado pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A nova estrutura residencial para pessoas idosas do Centro Social e Paroquial Padre Ricardo Gameiro, inaugurada neste dia 06, é um exemplo que responde à pergunta «o que acontece com os dinheiros do PRR», disse António Costa, acrescentando que “nunca teríamos a capacidade de, em tão pouco tempo, aumentar em 30% a oferta de camas para idosos se não tivéssemos o PRR”.
A residência terá uma oferta de 80 camas para idosos, num investimento total de oito milhões de euros, dos quais 2,7 são provenientes do PRR.
À tarde, o Primeiro-Ministro e a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social inauguraram um outro lar em Gualtar, Braga. O Felizmentelar, do Centro Social do Vale do Homem, representa um investimento de 4 milhões de euros, parte dos quais financiados pelo PRR, que acolhe 50 utentes e cria 40 empregos.
Necessidade estrutural
O Primeiro-Ministro referiu ainda que cerca de dois terços da totalidade das verbas do PRR já estão adjudicadas em cerca de 93 mil projetos no conjunto do País, tendo a Comissão Europeia validado a transferência para Portugal de um terço desse montante.
Relembrando que o PRR é um recurso para responder a necessidades estruturais identificadas por cada país, no caso de Portugal o investimento visa reforçar, entre outros setores, as ofertas para idosos, permitindo o financiamento de 14 mil camas, às quais acrescem 18 mil camas ao abrigo do programa nacional PARES.
A Ministra Ana Mendes Godinho agradeceu “à grande capacidade que o setor social tem tido em estar presente e em plena pandemia não baixar os braços”.
“Hoje só estamos aqui graças a vós, graças a um momento tão crítico como a pandemia e por terem arriscado e decidido investir para conseguir uma resposta social diferenciadora”, disse, adiantando que a pandemia mostrou de uma forma evidente que “ninguém se salva sozinho e de como o Estado social é determinante para responder em momentos críticos, mas também em momentos estruturais”, disse.