Por Daniel Bastos
Simbolicamente constituído no dia 10 de junho de 2010, o Observatório dos Lusodescendentes, assume-se como uma organização sem fins lucrativos e apartidária, que tem como principal objetivo identificar, unir, representar e apoiar os filhos de portugueses nascidos no estrangeiro (lusodescendentes) que optem por regressar a Portugal ou que, a residir nas comunidades da diáspora, queiram manter uma ligação com o país das suas origens.
Na esteira do seu ideário, o Observatório demanda um movimento de cidadania positiva, de lusodescendentes para lusodescendentes, de Portugal para o resto do mundo, visando estreitar relações com as novas gerações e divulgar a identidade, cultura e língua portuguesas.
No âmbito da sua missão, a instituição organizou no decurso do mês passado, na Sociedade de Geografia de Lisboa, o Fórum Luso-Estudos “Temas atuais e perspetivas futuras”.
A tertúlia, realizada num dos espaços emblemáticos da história contemporânea portuguesa, teve o condão de reunir mais de oito dezenas de lusodescendentes provenientes dos cinco continentes, assim como dos Embaixadores da França e do Luxemburgo, e o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que em conjunto refletiram sobre a lusodescendência.
Uma reflexão motivada essencialmente pela necessidade de constituir uma plataforma privilegiada para o diálogo e partilha de experiências e redes de contacto dos investigadores sociais e da comunidade científica sobre esta temática, procurando desse modo dar conhecer os estudos existentes e a produzir, discutir a disseminação e divulgação dos resultados, aprofundar a importância das Comunidades Portuguesas, quer no desenvolvimento dos países em que se encontram inseridas, quer para a própria política externa nacional.
Numa época em que a afirmação internacional de Portugal é uma causa da sociedade portuguesa no seu todo, e uma condição sine qua non para o país prosseguir uma visão de futuro moderna e progressista, esta iniciativa dinamizada pelo Observatório dos Lusodescendentes demonstra o extraordinário ativo que os jovens lusodescendentes podem constituir ao nível da afirmação e inovação da pátria dos seus avoengos.
Por Daniel Bastos
Escritor português
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