Da redação
“O futuro da economia passa muito pelo sucesso do País além-fronteiras”, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, à saída do encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, em Cascais, onde estiveram também presentes o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
“Portugal é um mercado pequeno de 10 milhões de pessoas”, pelo que o crescimento da nossa economia “passa muito por dar continuidade ao desenvolvimento que tem tido as empresas fora de Portugal, através das exportações ou da internacionalização das suas atividades”.
Lembrando que Portugal e os portugueses são bons fora de Portugal, e “nos centros mais exigentes de todo o mundo», António Pires de Lima referiu ainda a importância do encontro da diáspora portuguesa. “Tem tudo a ver com a prioridade que estamos a dar à economia e à internacionalização das nossas empresas. Passo uma parte importante do meu tempo a dar visibilidade ao trabalho extraordinário que as empresas portuguesas estão a fazer fora de Portugal”.
Ano de desafios
Segundo o primeiro ministro, 2014 será um ano de desafios e de recuperação. “Temos muito para fazer neste ano de 2014 que está prestes a começar. 2014 será um ano cheio de desafios e aos quais cada um de nós responderá com a mesma responsabilidade e determinação que nos abriu o caminho até aqui”, afirmou o Primeiro-Ministro na sua Mensagem de Natal.
Pedro Passos Coelho acrescentou que termina em menos de cinco meses o Programa de Assistência, que será uma etapa decisiva da recuperação. Com o final do Programa de Assistência Econômica e Financeira “poderemos fechar esta página da nossa história, para escrever uma outra”, combater a pobreza, reduzir mais rapidamente o desemprego, aumentar o investimento e reduzir as desigualdades sociais, diz.
Contudo, 2013 – referiu ainda Pedro Passos Coelho – foi o ano no qual “a nossa economia começou a dar a volta. Graças à coragem e engenho dos nossos trabalhadores e dos nossos empresários, as nossas exportações cresceram e ganhámos quota de mercado no exterior aos nossos competidores mundiais. Entrámos em mercados em que Portugal nunca tinha entrado antes e temos hoje excedentes comerciais e financeiros sobre o exterior, algo que Portugal não conhecia há muitas décadas. Começámos a vergar a dívida externa e pública que tanto tem assombrado a nossa vida colectiva. A economia começou a crescer e acima do ritmo da Europa. Ao mesmo tempo, o emprego começou a crescer e, em termos líquidos, até ao terceiro trimestre foram criados 120 mil novos postos de trabalho”.
Segundo Passos, a estratégia abrangente para salvar o País do colapso, para reformar a economia e trazer prosperidade, tem mostrado seus primeiros frutos.