Trezentos e Setenta anos se passaram, 01 de Dezembro de 1640, data que nunca deveremos nos esquecer, porque dali surgiu a redenção do nosso querido e eterno PORTUGAL.
Portugal perdeu a sua independência em 1580 para a Espanha, todavia, fatores incríveis vieram contribuir para que isso acontecesse, ou seja, os acontecimentos com o Rei de Portugal D. João III, uma vez que, quando D.Sebastião nasceu, que era neto de D.João III, a sucessão normal estava perigando, porque a infanta Dona Maria de Portugal havia se casado com um príncipe de Castela (Espanha), ou seja D. Felipe, uma vez que, nesses casamentos sempre haviam cláusulas incríveis. Na desse casamento, rezava que a atribuição aos filhos desse casamento lhes daria a herança da coroa de Portugal, no caso de faltar herdeiros para isso.
O Rei de Portugal D.João tivera 10 filhos e todos vieram a falecer, e para tentar dar continuidade à sua coroa acabou casando-se com D.Joana, filha de Carlos V da Espanha, todavia, ele veio a falecer e D. Joana estava grávida, e como também os irmãos do Rei haviam falecido, estabeleceu-se o agravamento da situação.
O filho desse Rei, D. Sebastião, sendo que o mesmo com 3 anos de idade foi elevado à coroa portuguesa e aclamado Rei, todavia, a sua saúde era muito precária, e na sua juventude a paixão era só guerrear, compôs um exercito de mercenários e partiu para a guerra em Junho de 1578 e aconteceu a derrota maior em Álcacer-Quibir, sendo que D. Sebastião veio a falecer, e como não tinha herdeiros, o trono acabou sendo entregue após 2 anos para a Espanha. Assim, o Portugal majestoso acabou tendo um Rei Espanhol em 1580, quando D.Felipe II Rei de Espanha e neto do Rei D.Manoel tomou conta da corte de Portugal e foi aclamado REI DE PORTUGAL pelas cortes portuguesas.
Até houve uma tentativa de retomar a coroa, quando António Prior do Crato, que diziam ser filho ilegítimo do Rei D. Manuel e foi nomeado Rei no Castelo de Santarém, no entanto só governou 20 dias e transferiu o reinado para a Ilha Terceira nos Açores. Mas em 1583 foi derrotado e acabou a independência total portuguesa.
Com a junção de Portugal e Espanha, criou-se um fantástico império, a União Ibérica, com dezenas de países, inclusive o maior de todos, o Brasil. Com isso deu-se definitivamente a perda da independência lusitana e como soe acontecer em países dominados por outros, uma paixão pela independência voltou a reinar no pensamento dos lusitanos, mesmo porque se o Rei Felipe II respeitou os acordos portugueses, já o Rei Felipe IV não o fez e aí aconteceu um imprevisto, os ingleses e os holandeses começaram a importunar o reinado espanhol e tudo que era de Portugal estava ameaçado de perder-se.
Nesse diapasão, a “Casa de Bragança” começou a sentir-se desprestigiada e um grande sentimento de revolta se apossou dela. Aconteceu o que o povo português esperava, a reação e a fibra lusitana secular, e então no dia 01 DE DEZEMBRO DE 1640, 40 lusitanos conduzidos por D.Antão de Almada, Dr. João Pinto Ribeiro e D. Miguel de Almeida, dirigiram-se ao “Terreiro do Paço” em Lisboa e eliminaram o secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, prenderam a duquesa de Mântua, que era quem governara em nome do Rei de Felipe IV e dessa forma foi “RESTAURADA A DINASTIA PORTUGUESA” com o Rei “El Rei-D.João IV”.
D. Henrique viera a falecer e o seu testamento nada dizia sobre a sucessão, sendo que o governo ficou com 5 governadores, até que ficasse resolvida a sucessão. Houve tremenda confusão partidária, porque a Duquesa de Bragança não fora aceita pelo povo e a nobreza preferia Felipe, mas, o povo preferia D. Antonio, o que talvez conduzisse a uma revolução, e este foi expulso de Portugal pelo cardeal, que chegou a cassar a sua nacionalidade portuguesa. Aí então aconteceu o fator principal que foram os 40 lusitanos comandados pelos 3 heróis de Portugal e no dia 01 de Dezembro de 1640, aconteceu o dia do sonho português, o FANTÁSTICO DIA DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, para a glória eterna do nosso querido PORTUGAL.
Adriano da Costa FilhoMembro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.