Nuvens de poeira do Norte de África atravessam Portugal continental

PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

Da Redação com Lusa

Nuvens de poeira vinda do Norte de África atravessam os céus de Portugal continental e o resto da Península Ibérica até ao fim do dia de quinta-feira, anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em comunicado, o IPMA afirma que o rumo das poeiras se deve a “um fluxo de sul induzido pela depressão Célia” e aponta a “alteração da cor do céu” como o efeito mais visível.

Refere que “as poeiras estão normalmente acima da superfície” mas salienta que concentrações maiores poderão levá-las para níveis mais baixos da atmosfera, onde têm “implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde”.

No sul do país, prevê-se chuva terça e na quarta-feira, pelo que é “possível ocorrer a deposição das poeiras”.

A concentração maior verifica-se agora nas regiões norte e centro do Continente, mas há poeiras a passar também sobre França e Argélia.

Qualidade do ar

A Agência Portuguesa do Ambiente alertou hoje para uma situação de fraca qualidade do ar devido a elevados níveis de partículas inaláveis devido às nuvens de poeira vindas do Norte de África.

“Está a ocorrer uma intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África originado uma situação de fraca qualidade do ar com elevados níveis de partículas inaláveis (PM10)”, refere a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em comunicado.

A APA avança que a ocorrência começou ao início da manhã na região do Norte, prevendo-se que se estenda às regiões do Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, com um agravamento para esta quarta-feira a todo o território continental.

Segundo a APA, as nuvens de poeira devem diminuir de intensidade a partir de quinta-feira.

A APA explica que este é “um fenômeno que ocorre quando a massa de ar contendo elevadas concentrações de poeiras é transportada a grandes distâncias de regiões áridas e semiáridas, podendo atingir altitudes mais baixas, chegando ao nível do solo, como é o caso situação que está já a ocorrer na região Norte interior do país”.

A Agência Portuguesa do Ambiente indica também que “este poluente tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações, devendo ser seguidas as recomendações específicas da Direção-geral da Saúde”.

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