Numero de infectados em Portugal sobe para 78

Da Redação

O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu para 78 em Portugal, mais 19 do que os contabilizados na quarta-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, há 637 casos suspeitos, dos quais 133 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 4.923 contatos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Parlamento

A Assembleia da República decidiu nesta quinta-feira suspender todas as visitas guiadas e admissão de grupos de visitantes para evitar o risco de transmissão do novo coronavírus, adiando ainda todos os eventos como conferências ou apresentações de livros.

“Por despacho do Secretário-Geral da Assembleia da República, e na sequência da aprovação do Plano de Contingência, dá-se conhecimento das medidas adicionais agora adotadas para evitar o risco de transmissão do Covid-19 e garantir a necessidade de funcionamento da Assembleia da República como órgão de soberania” refere o comunicado.

Assim, foi determinada a “suspensão temporária de todas as visitas guiadas à Assembleia da República” e da “admissão de grupos de visitantes”.

Foram ainda revogadas “todas as autorizações concedidas a grupos de visitantes para almoços no refeitório da Assembleia da República” e suspensas as reuniões distritais e regionais do Parlamento dos Jovens.

OMS

A pandemia do novo coronavírus é “controlável”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante uma reunião com os Estados-membros na sede da agência especializada da ONU em Genebra.

“É uma pandemia controlável”, mas “não se pode combater um vírus se não se sabe onde está. Isto significa que é necessária uma vigilância robusta para encontrar, isolar, testar e tratar cada caso para quebrar as cadeias de transmissão”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na reunião.

O responsável defendeu que os países devem ter uma “abordagem global (…) adaptada à sua situação, com a contenção como pilar central” e apelou aos países para que “encontrem o equilíbrio certo entre proteger a saúde, prevenir as perturbações econômicas e sociais e respeitar os direitos humanos”.

Pela primeira vez desde o início da epidemia, que começou em dezembro na China, a OMS declarou na quarta-feira o novo coronavírus como uma “pandemia”, devido à sua “propagação”, “gravidade dos casos” e pela “insuficiência das medidas inadequadas”.

“Para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão. Isto significa encontrar e isolar o maior número possível de casos e colocar em quarentena os seus contatos mais próximos”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Mesmo que não se consiga parar a transmissão, pode atrasar-se, protegendo os estabelecimentos de saúde, os lares de idosos e outros espaços vitais, mas apenas se forem testados todos os casos suspeitos”, alertou.

Com alguns países com falta de equipamento de proteção individual, o diretor-geral da OMS disse que a organização está a trabalhar “dia e noite” para os ajudar.

A agência da ONU já enviou equipamento de proteção para 57 países e prepara-se para enviar para mais 28. Também enviou material laboratorial para 120 países.

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo. O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios.

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