Número de infectados em Portugal sobe para 112, casos suspeitos duplicam

Uma mulher usa máscara de proteção em Lisboa, 06 Março 2020. Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O número de casos confirmados em Portugal de infecção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu para 112, mais 34 do que os contabilizados na quinta-feira, e os casos suspeitos duplicaram para 1.308.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), dos 1.308 casos suspeitos, 172 aguardam resultado laboratorial.

Há ainda 5.674 contatos em vigilância pelas autoridades de saúde.

O boletim desta sexta-feira indica que há 11 cadeias de transmissão ativas, quase o dobro das registadas na quinta-feira.

Dos 112 casos confirmados de Covid-19 em Portugal, 107 estão internados.

Entre os doentes internados estão os casos de um menino com menos de 10 anos e de 15 jovens entre os 10 e os 19 anos.

Existem dois casos de doentes infectados internados acima dos 80 anos e seis entre os 70 e os 79.

É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registram mais casos (28) de doentes internados, segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 24 casos entre os 30 e 39 anos e 14 casos entre os 50 e os 59 anos.

Há ainda registro de 11 casos entre os 20 e 29 anos, 14 entre os 50 e 59 anos e 11 entre os 60 e 69 anos.

A região Norte continua a ser a que registra o maior número de casos confirmados (53), seguida da Grande Lisboa, que duplicou o número de casos para 46 (eram 23), e das regiões Centro e do Algarve, ambas com seis casos confirmados da doença.

Há um caso confirmado no estrangeiro, segundo o boletim epidemiológico diário.

O mapa disponibilizado pela DGS continua a não apresentar qualquer caso no Alentejo e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Os dados da DGS adiantam que 15 casos resultam da importação do vírus de Itália, nove de Espanha, cinco de França, três da Suíça e um de Alemanha/Áustria.

Presidente apoia medidas

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiou as medidas adotadas pelo Governo para fazer face ao novo coronavírus e avisou que a pandemia “pode ser mais grave e duradoura”, exortando os portugueses a mobilizarem-se.

Numa nota publicada pela Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa refere que o Governo anunciou na quinta-feira “as medidas que entendeu estritamente necessárias e suficientes para esta fase da situação vivida em Portugal, na saúde, como na economia, no emprego e nos rendimentos”, ressalvando que o executivo deixou claro que “se mais medidas forem exigidas para salvaguardar os Portugueses, não deixará de as tomar”.

“E, de fato, se a situação o impuser, essas medidas mais reforçadas deverão ser mesmo tomadas. O Presidente da República, que tem acompanhado o processo par e passo, apoia a decisão do Governo, saúda o sentido de Estado dos partidos e parceiros sociais, e promulgará ou tomará a iniciativa quanto a todas as medidas que for entendido serem imprescindíveis perante a gravidade da situação”, garantiu.

Dirigindo-se aos portugueses, o Presidente da República pede que “continuem mobilizados mas serenos, preocupados mas disciplinados” e percebam que “só com paciência e contenção e cumprindo as medidas tomadas, evitando situações de risco e ficando em casa sempre que possível” será possível “criar condições para moderar e depois travar a pandemia”.

“Tudo, cuidando, ao mesmo tempo, dos efeitos econômicos e sociais, por forma a limitar a quebra no crescimento, no emprego e nos rendimentos das famílias, agora e nos tempos vizinhos. Isto, porque nos encontramos perante um duplo desafio: de saúde pública e econômico e social”, destacou.

A doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, foi classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na quarta-feira.

Em todo o mundo já foram infetadas mais de 131.000 pessoas e morreram mais de 4.900.

Em Portugal, o Governo decretou na quinta-feira o estado de alerta, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Foram igualmente suspensas, a partir de segunda-feira, as atividades letivas e restringido o funcionamento de discotecas e similares e suspensas as visitas a lares em todo o território nacional.

O Governo decidiu igualmente proibir o desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, e limitar a frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança entre as pessoas.

Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.

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