Da Redação
Com Lusa
O número de casais com ambos os elementos inscritos nos centros de emprego aumentou 22,9% em janeiro face ao mesmo mês de 2020 para 6.702, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, do total de desempregados casados ou em união de fato, 13.404 (8,3%) têm também registro de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no respectivo serviço de emprego.
Assim, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registrados como desempregados foi, no final de janeiro de 2021, de 6.702, ou seja, 22,9% (mais 1.251 casais) do que no mês homólogo e de 8,3% (mais 515 casais) em relação ao mês anterior.
Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego que se encontrem a receber, quando tenham dependentes a cargo.
O IEFP começou a divulgar informação estatística sobre os casais com ambos os elementos desempregados em novembro de 2010, altura em que havia registo de 2.862 destas situações.
Geral
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 32,4% em janeiro em termos homólogos e 5,5% face a dezembro, segundo dados também divulgados IEFP.
no final de janeiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 424.359 desempregados.
Este número representa 71,2% de um total de 596.290 pedidos de emprego.
O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2020 (em 103.801 pessoas) e face ao mês anterior (em 22.105 pessoas).
Segundo o IEFP, para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário.
O desemprego aumentou nos três setores de atividade econômica face ao mês homólogo de 2020, com maior expressão no setor dos serviços (37,6%).
A desagregação deste setor de atividade econômica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de alojamento, restauração e similares (59,9%), atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (47,4%) e transportes e armazenagem” (46,5%).
No que diz respeito à atividade econômica de origem do desemprego, dos 364.972 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos serviços de emprego do continente, 73% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (28,7%) e 19,9% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção (6,2%).
Ao setor agrícola pertenciam 4,4% dos desempregados.
A nível regional, no mês de janeiro de 2021, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país, segundo o IEFP.
Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (61,3%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (45,3%) e da região da Madeira com 30%.