Governo brasileiro comemora. Consórcios Aliança Atlântica Aeroportos e Aeroportos do Futuro vão administrar de Confins (MG) e Galeão (RJ).
Da Redação
O leilão de concessão dos aeroportos de Confins (MG) e do Galeão (RJ) alcançou o valor total, com as duas operações, de R$ 20,838 bilhões, e ágio de 251,74%, em 22 de novembro, no processo realizado na Bolsa de Valores em São Paulo (Bovespa).
O consórcio Aeroportos do Futuro, composto pelas empresas Odebrecht TransPort e a Changi (Cingapura) e representado pelo banco Santander arrematou a concessão do aeroporto do Galeão (RJ) por R$19,018 bilhões, valor 293,9% superior ao lance inicial estabelecido pelo governo (R$ 4,828 bilhões) e será o responsável pela administração do empreendimento por 25 anos.
O consórcio AeroBrasil, representado pela corretora Coddep, foi o vencedor da operação relacionada ao aeroporto mineiro de Confins, com a oferta de R$1,820 bilhão, 66% a mais em relação ao valor inicial proposto pelo Governo (R$1,096 bilhão). O grupo, que não divulgou seus componentes, será responsável por administrar o terminal pelos próximos 30 anos.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o tráfego, somado, dos dois aeroportos é de 14% dos passageiros e 10% da carga no Brasil. Atualmente, o Galeão recebe 17 milhões de passageiros por ano. Em Confins, o total apresentado por ano é de 10,4 milhões de passageiros.
Em Fortaleza, onde anunciou investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, a presidente Dilma Rousseff comemorou o certame. “O resultado do leilão é muito bom. Foi um resultado, de alguma forma, muito além das expectativas”, afirmou Dilma. “Isso mostra o interesse imenso dos investidores internacionais no Brasil”, disse.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco, reforçou o posicionamento da presidente sobre o sucesso do leilão. “O resultado de hoje vai ter muita repercussão positiva no espírito do investidor e dos brasileiros porque mostra que há uma confiança muito grande no futuro do País”, destaca.
Franco também destacou o fato da confiança internacional no Brasil ter possibilitado o resultado positivo. “Os números foram altos e o retorno não é rápido, o que representa uma confiança de longo prazo. O que nos impõe a necessidade de manter essa política de austeridade, de firmeza, de clareza, de rumo, no sentido de mobilizar investidores públicos e privados para enfrentar o desafio de transformar a infraestrutura brasileira”.
Leilão
A oferta mínima para o terminal do Galeão foi estabelecida em R$ 4,828 bilhões. Além do lance inicial, a concessionária deveria investir R$5,7 bilhões em projetos de pistas, ampliação do pátio para manobras de aeronaves, expansão do estacionamento para os veículos dos usuários.
Para Confins, o valor mínimo exigido foi de R$ 1,096 bilhão. O administrador também terá que aplicar, pelo menos, R$3,5 bilhões em obras obrigatórias. Entre as ações estão: um novo terminal de passageiros, ampliação do pátio e a construção de uma a segunda pista para pousos e decolagens.
Durante a coletiva o ministro Moreira Franco informou que o governo vai abrir uma licitação, em 2014, para contratar uma operadora de aeroportos experiente, para assessorar a Infraero na gestão dos aeroportos no Brasil, exceto os que foram concedidos à iniciativa privada.