Da Redação
Com Lusa
Durante a iniciativa Desportistas no Palácio de Belém, promovida pelo Presidente da República, o português Luis Figo se colocou à disposição das várias perguntas dos alunos das oito Escolas presentes no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, e voltou a sublinhar não ter como objetivo ser treinador, “nem do Sporting, nem de outro clube.”
Além de assegurar estar feliz nas suas funções na UEFA, o antigo jogador do Real Madrid e Barcelona garante nunca ter surgido “oportunidade de regressar a Portugal e ao Sporting”, por isso uma eventual disponibilidade para se candidatar à presidência leonina não se coloca, até porque não é pessoa de se propor.
“As coisas têm que surgir”, assumiu.
“O que espero é que o Sporting possa ter sempre um percurso de êxitos. E quando não é assim, como todos os sportinguistas, há esperança de que as coisas mudem no sentido vitorioso de resultados e de títulos. A única forma que conheço de sucesso no futebol, e qualquer atividade empresarial, é o trabalho. Trabalhar no sentido de criar as condições para que a equipe seja forte, trabalhe com tranquilidade, tenha bons jogadores e que exista um equilíbrio tanto a nível econômico, como desportivo”, destacou, defendendo ser “fácil falar, estando de fora.”
No encontro, Figo não poupou elogios a Jorge Jesus, atual treinador do Flamengo no Rio de Janeiro.
“Não tenho dúvidas que Jesus tenha sucesso onde esteja, seja no Brasil ou noutro sítio onde tenha as condições necessárias para fazer um bom trabalho. É um treinador que pessoalmente gosto muito, já demonstrou as qualidades que tem e fico feliz porque prestigia a profissão d treinador português no Brasil”, disse ele que foi eleito o melhor jogador do Mundo pela FIFA em 2001.
Quanto à seleção portuguesa, Luís Figo acredita que Portugal vai garantir o apuramento para a fase final do Euro2020, quando ainda faltam disputar dois jogos, e tem todas as condições para revalidar o título conquistado, em 2016, diante a França.
“Não tenho dúvidas que Portugal será mais uma vez apurado e marcará presença num grande evento, como é o Europeu. Somos das melhores seleções da Europa e do mundo, temos todas as condições para revalidar [o título europeu] e é normal que o objetivo seja esse, mas depende de muitas circunstâncias”, lembrou.
Além de defender que Cristiano Ronaldo, “uma peça importante na seleção e que continua a render ao mais alto nível”, “merecia, sem dúvida, ter sido o vencedor” do prêmio da FIFA para o melhor jogador do ano, disse.