Da Redação
A partir de 2022, quem quiser se mudar para Portugal através do visto de investidores – o Golden Visa – precisará desembolsar ainda mais: o valor saltou de 350 mil euros para 500 mil euros. Além disso, a compra de imóveis de luxo só poderá ser feita em regiões fora dos grandes centros urbanos, como Lisboa e o Porto.
Rafael Gianesini, CEO e cofundador do Cidadania4u, empresa de tecnologia especializada em reconhecimento de cidadania italiana e portuguesa, afirma que o valor que já era alto ficará inalcançável para a maioria dos interessados em se mudar para terras lusitanas. “500 mil euros já ultrapassa o valor de 3 milhões de reais, o que faz com que brasileiros corram mais risco com uma alta quantia de investimento em Portugal”, opina o executivo.
Uma das alternativas que o especialista aponta é entrar com o processo de reconhecimento de cidadania europeia. De acordo com Gianesisni, apesar de ser um processo com um custo elevado, é muito menor do que o ARI (Autorização de Residência para Investimento).
“Para quem quer sair do Brasil já em situação regular, reconhecer cidadania é uma ótima alternativa, especialmente porque a cidadania portuguesa permite viver não apenas em Portugal. Por conta das leis do Espaço de Schengen, há livre trânsito entre diversos países europeus”. Atualmente o Brasil tem mais de 35 milhões de pessoas que podem requisitar cidadania italiana ou portuguesa.
Webinar
Sobre o tema, a Global Citizen Solutions, consultoria especializada em investimento imigratório, juntamente com a Goldcrest Real Estate irá realizar um webinar com todas as informações sobre os territórios que se classificam para o Golden Visa.
O encontro online também apresenta um panorama do mercado imobiliário português, exemplificando com projetos imobiliários para investimento, durante o webinar exclusivo sobre o Golden Visa Portugal 2022.
Os especialistas abordam rotas de investimento para residência portuguesa; áreas elegíveis para investimento imobiliário em Portugal; passo a passo do processo de inscrição e do cronograma para a residência; e tira dúvidas.
O webinar acontece dia 28 de Março de 2022 – 18h, horário de Lisboa (GMT+1), pelo youtube .
Conflito Ucrânia
O mercado imobiliário em Portugal segue em constante expansão, mas o conflito causado pelos ataques da Rússia em território ucraniano deixou a Europa, e o planeta, em alerta.
A youtuber brasileira Cristina Maya, do canal Vamu Ver, conversou com o consultor imobiliário Renê Padilha, sobre Portugal estar de portas abertas para refugiados ucranianos, além de relatarem as principais preocupações e incertezas que o confronto militar traz para o país.
Para o especialista, as sanções que a serão impostas à Rússia e seus cidadãos podem dificultar algumas transações e operações imobiliárias. “A Rússia é um dos países que mais investe nesse setor, ficando apenas atrás de China, Estados Unidos e Brasil. Muitos deles compram e fazem investimentos em Portugal, e, se as sanções se estenderem ao ramo imobiliário, pode ser que haja uma queda no número de imóveis transacionados por aqui”, pondera.
Não só russos, pessoas do mundo inteiro veem o investimento com bons olhos, especialmente pela constante valorização dos imóveis. “Portugal começou a ser reconhecido nesse setor apenas há alguns anos atrás. O país conta com um dos melhores climas da Europa e não tem um inverno rigoroso como a maioria dos países vizinhos. Além de receber os imigrantes que querem morar de vez por aqui, Portugal conta com alguns dos ambientes turísticos mais bonitos da Europa, sendo a escolha perfeita para a aquisição de imóveis de férias ou temporada”, revela.
Para Cris Maya, o Visto Gold pode ser a escolha perfeita para quem quer investir em Portugal e conseguir uma cidadania permanente no país. “Pessoas de nacionalidade russa não podem mais realizar a solicitação, pelo menos por enquanto. Isso abre um gap tanto no setor imobiliário, quanto na própria modalidade de visto. Esse fato pode ser visto com bons olhos por investidores de outros lugares do mundo, já que o movimento abre espaço em um mercado onde os imóveis seguem em constante processo de valorização”, defendeu.
