Por Emídio Tavares
Em desespero de causa, após 2 jogos disputados dos 8 das eliminatórias, com uma derrota e um empate em casa; e sem treinador, após a justa demissão de Carlos Queiroz, o comandante maior da FPF, Gilberto Madail, tentou achar o ovo de Colombo, se reunindo na Espanha, esta quinta-feira, com Jose Mourinho e seu empresário (Jorge Mendes) para tentar convencer o melhor e mais bem remunerado técnico do mundo a dirigir a seleção de Portugal, pelo menos nos dois próximos confrontos que acontecem em casa, a 8 e 12 de outubro, contra Dinamarca e Islândia, respectivamente.
Mourinho deixou claro que suas pretensões com relação a dirigir o selecionado luso são para apenas daqui uns 20 anos; mas por outro lado, também disse que não se sentiria bem em rejeitar uma ajuda de emergência ao seu país; e que se lhe fosse permitido fazer, o faria de forma não remunerada e ainda arcando do próprio bolso com todas as suas deslocações e gastos ate Portugal quando dos jogos.
Contudo, Mourinho fez questão de afirmar que esta decisão caberia única e exclusivamente ao seu patrão, o presidente do Real, Florentino Perez; que provavelmente receberia o dirigente da FPF na próxima semana para tratar do assunto.
Mas a última hora, notícias divulgadas pela imprensa espanhola garantiram a recusa do Real em ceder Mourinho para estes 2 jogos, mesmo à época estando o Real sem a maioria de seus jogadores, que servirão as seleções de seus países por pelo menos 9 dias; conforme palavras do próprio Mourinho, que aceitou, mas não gostou da decisão de Florentino Perez.
Em todo este cenário se confirmando, a FPF deve oficializar nesta semana Paulo Bento como novo técnico da seleção.