Da Redação
Com Lusa
Uma exposição com obras de Marcel Gautherot, José Medeiros, Thomaz Farkas e Hans Gunter Flieg está, a partir desta sexta, em Lisboa, com uma centena de imagens decisivas para a formação da fotografia moderna no Brasil.
“Modernidades: Fotografia Brasileira (1940-1964)” é o título da exposição, que estará patente até 19 de abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com curadoria de Samuel Titan Jr., Ludger Derenthal e António Pinto Ribeiro, numa iniciativa do programa Próximo Futuro.
Esta exposição da obra dos quatro fotógrafos – cujos acervos são conservados pelo Instituto Moreira Salles, do Brasil – foi criada para apresentar em Berlim, em 2013, onde recebeu 56 mil visitantes, e a Gulbenkian acolhe agora uma versão com metade das fotografias.
Na Galeria de Exposições Temporárias da sede da Gulbenkian, 112 fotografias em preto e branco, captadas por Marcel Gautherot, José Medeiros, Thomaz Farkas e Hans Gunter Flieg revelam a visão dos quatro fotógrafos, três deles imigrantes europeus, provenientes de França, da Hungria e da Alemanha.
No início da década de 1940, com a II Guerra Mundial, o Brasil surgia como opção para milhares de imigrantes e refugiados e, ao mesmo tempo, vivia um processo de modernização que agitou todos os setores da sociedade.
A profunda transformação do país foi captada em vários estilos pelos quatro fotógrafos cujo trabalho atravessa a cultura popular – desde o futebol aos rituais das religiões africanas – a vida social urbana, a construção da cidade de Brasília e a intensificação da atividade industrial.
Depois de Lisboa, a mostra irá para Paris, para ser apresentada, entre 06 maio e 26 de julho, na delegação em França da Fundação Calouste Gulbenkian, e deverá ainda ser mostrada em Madrid.