Morte de adolescente em São Paulo não é relacionada à vacina – Anvisa

A diretora de Coordenação e Articulação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (DSNVS), Alessandra Bastos, o diretor-presidente, Antonio Barra e o Gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes, durante entrevista coletiva para falar sobre ainterrupção dos estudos da vacina Coronavac

Da redação com agencias

Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberam informações do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo que negam a relação entre a morte de uma adolescente no estado e sua vacinação contra covid-19. Segundo a Anvisa, os dados apresentados foram considerados “consistentes e bem documentados”.

Uma adolescente de São Paulo morreu sete dias depois de ter tomado vacina da Pfizer contra a covid-19. A causa provável, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foi atribuída ao diagnóstico de doença autoimune, denominada púrpura trombótica trombocitopênica (PTT), identificada com base no quadro clínico e em exames complementares.

“O relatório de investigação elaborado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo foi recebido pela agência na noite deste domingo, 19 de setembro, contendo detalhes de todo o processo de avaliação que concluiu não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação”, informou a Anvisa em nota.

A agência informou que notificará a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as investigações para avaliação quanto a qualquer possível sinal de segurança. Ainda, a Anvisa afirmou manter sua posição acerca dos benefícios das vacinas e de sua importância no combate à pandemia.

“Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

Na sexta-feira, representantes da Anvisa se reuniram com a empresa Pfizer para tratar do caso, após reação adversa grave, com desfecho de óbito, na sequencia da vacinação da adolescente com a vacina Comirnaty (Pfizer/Wyeth).

Em junho, a Anvisa autorizou a indicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais. Com isso, a bula da vacina passou a indicar esta nova faixa etária para o Brasil.

A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa.

Entre os países mais afetados pelo novo coronavírus está o Brasil, que registra atualmente 590.955 mortos e 21.247.667 infectados.

Nesta segunda-feira (20), o país alcançou 50% da população brasileira adulta, estimada em 158 milhões de pessoas, que completaram o esquema vacinal com as duas doses ou a dose única da vacina Covid-19. O número corresponde a 80,5 milhões de brasileiros.

Desde o começo da campanha, em janeiro deste ano, cerca de 141 milhões de pessoas já tomaram a primeira dose da vacina, o que equivale a quase 90% da população maior de 18 anos, segundo Ministério da Saúde.

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