Mortalidade em Portugal aumentou 20,1% em abril

Da Redação com Lusa

O número de mortes em abril ascendeu a 10.120, um aumento de 20,1%, face ao mesmo mês do ano passado, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em relação a março deste ano, morreram menos 661 pessoas (-6,1%).

O número de óbitos devido a covid-19 ascendeu a 590, representando 5,8% do total de óbitos, diminuindo relativamente a março de 2022 (menos 55) e aumentando face a abril de 2021 (mais 473).

O saldo natural da população continuou a agravar-se, com o nascimento de 6.573 nados vivos, menos de 1,2% face ao mesmo mês de 2021.

“No mês de março de 2022, o saldo natural foi -4.177, agravando-se relativamente ao do mês homólogo de 2021, quando registou o valor de -2.956”, segundo a informação divulgada pelo INE.

Em março de 2022, celebraram-se 1.680 casamentos, mais 1.236 do que em março de 2021.

A informação do INE tem por base dados do registro civil apurados no âmbito do Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil.

Covid-19 Europa

O excesso de mortalidade na União Europeia desceu em março para 6%, após um pico de 26% em novembro de 2021 devido à pandemia de covid-19, estando Portugal alinhado com a média europeia, com uma taxa de 6,8%.

A informação foi divulgada pelo gabinete estatístico europeu, Eurostat, que em dados hoje publicados indica que, após um excesso de mortalidade estável de 7%, em janeiro e fevereiro de 2022, a taxa na UE caiu ligeiramente para 6% no mês março.

Portugal ficou em linha com a média comunitária, ao atingir 6,8% em março, contra uma percentagem de 4,1% em fevereiro e de -4,4% em janeiro deste ano.

De acordo com o Eurostat, “após a quarta vaga de excesso de mortalidade no outono de 2021, quando o excesso de mortalidade na UE atingiu um pico de +26% em novembro e +23% em dezembro” devido ao aumento acentuado de casos de covid-19, “os dados para 2022 continuam a mostrar melhorias”.

Este excesso de mortalidade é calculado como a diferença entre o número de mortes que ocorreram e o número que seria esperado na ausência da pandemia, com base em dados de anos anteriores, nomeadamente entre 2016 e 2019.

Por Estados-membros da UE, o Chipre (+33%) e a Grécia (+31%) apresentaram as maiores taxas de excesso de mortalidade, enquanto a Suécia (-5%) e o Luxemburgo (-1%) registaram uma variação negativa. No conjunto dos 27, a UE registou picos anteriores de excesso de mortalidade em abril de 2020 (25%), novembro de 2020 (40%) e abril de 2021 (21%). Atualmente, cerca de 325 milhões de pessoas na UE têm vacinação completa contra a covid-19 e perto de 231 milhões receberam uma dose de reforço.

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