Moçambique pretende aumentar o volume de negócios com os outros países de língua portuguesa. De acordo com o presidente do Instituto para a Promoção de Exportações (Ipex), João Macaringue, o país tem boas relações apenas no nível político.
"A cooperação entre Moçambique e outros países de língua portuguesa embora seja boa ao nível político não é como deveria ser ao nível econômico e, por isso, queremos aproveitar essas relações políticas para impulsionar os volumes de negócios", disse na sexta-feira, 23 de março, em Maputo.
Atualmente, Moçambique exporta alumínio, energia elétrica, gás natural e camarão mas a exportação destes produtos em detrimento dos agrícolas não tem um impacto que seria desejável para o desenvolvimento das populações. Por conta desta relação, acontece na capital moçambicana entre 18 e 20 de abril um encontro de empresários para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os países de Língua Portuguesa (com exceção de Brasil e São Tome e Príncipe). Participam do encontro Macau, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, Timor Leste, além da China.
“É por isso que, durante este encontro, iremos estudar as potencialidades dos mercados dos outros países, para ver se também encontramos uma maneira de alargar e diversificar a base dos nossos produtos para lá exportados", afirmou sobre o evento anual que acontece de forma rotativa entre os países membros do Fórum.
Constituído em 2003, o Fórum é uma organização, sem cunho político, para reforçar a cooperação e intercâmbio econômico entre a China e os países da língua portuguesa.
Um dos objetivos é contribuir para melhorar as relações entre os organismos de comércio e investimentos, câmaras de comércio e associações empresariais, que somam cerca de 500 entidades participantes. Informações de Macauhub.
