Da Redação
Com Lusa
Moçambique perde anualmente cerca de 1.300 milhões de euros, o correspondente a 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB), devido à desnutrição, segundo representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no país.
“Em Moçambique, o estudo do custo da fome realizado em 2017 revelou que o país perde anualmente mais de 10,9% do seu PIB devido à desnutrição crônica”, disse Olman Serrano.
O representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em Moçambique falava durante um evento organizado por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, assinalado nesta terça-feira.
Para Olman Serrano, o país, em colaboração com os seus parceiros, precisa de definir as ações necessárias para “avançar em direção a fome zero”.
“A população em Moçambique também regista contínuo crescimento”, observou o representante da FAO em Moçambique, acrescentando que isto impõe ao país novos desafios.
Por sua vez, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule, disse que o Governo moçambicano está adotar políticas para reverter o cenário, estratégias baseadas principalmente na mulher rural.
“As políticas do nosso Governo estão orientadas para a zona rural, como forma de alavancar o papel da mulher rural e produtores. É nosso objetivo passar da agricultura de subsistência para uma agricultura mais orientada para o agronegócio”, afirmou o governante.
De acordo com dados oficiais, as províncias mais afetadas pela fome no país são Sofala, no centro de Moçambique, e Gaza, no sul.
A desnutrição crônica em Moçambique afeta 44% das crianças e está entre os principais fatores da mortalidade infantil, segundo o Plano de Ação Multissetorial para a Redução da Desnutrição Crônica.