Mundo Lusíada
Com agencias
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse em Maputo que “Moçambique é cada vez mais um país decisivo nas relações econômicas de Portugal”, lembrando que há 2.700 empresas portuguesas a trabalhar no mercado moçambicano.
Durante a abertura da 50ª edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), Paulo Portas referiu-se às taxas de crescimento continuadas da economia moçambicana, acima dos 7%, e que Moçambique, apesar de ainda precisar do apoio internacional, dirige-se para “uma situação de prosperidade”, sobretudo devido à descoberta de grandes reservas de recursos naturais.
“Nós portugueses queremos ser parte desse desenvolvimento, podemos auxiliar e estabelecer parcerias muito relevantes em muitos domínios”, afirmou Portas, que mencionou o aumento de 13%, em 2013, das exportações para Moçambique e também a subida das vendas no sentido inverso.
“Essas são as boas relações comerciais, aquelas em que ambos ganham. O compromisso dos dois estados, assumido muito recentemente, é fazer tudo ao seu alcance para crescer mais 50% nas relações comerciais entre os dois países”, observou o vice-primeiro-ministro, recordando que Portugal e Moçambique, ao mais alto nível, através dos respectivos presidentes e governos, deram “um sinal de vontade mútua de reforço e crescimento” das suas relações.
FACIM
Paulo Portas chegou no sábado dia 23 de agosto a Maputo, à frente de uma missão da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), que organiza as cerca de 50 empresas no pavilhão de Portugal na Facim, embora a representação global na feira de firmas portuguesas ou moçambicanas de capitais portugueses ascenda a perto de 150.
“Considero muito importante dar apoio às muitas empresas portuguesas e luso-moçambicanas presentes, sendo a maior representação externa nesta grande feira que é a Facim”, considerou, em alusão à sua quarta participação consecutiva no maior evento empresarial de Moçambique.
“Portugal e as empresas portuguesas têm esta responsabilidade enorme de serem atores principais no desenvolvimento econômico e na inclusão social de um país soberano, extraordinário, que é Moçambique e que pode ser uma das maiores histórias de sucesso de África no século XXI”, sustentou.
O vice-primeiro-ministro sublinhou que “é essencial para a economia portuguesa continuar a crescer o ritmo das exportações e da internacionalização” para mercados que lhe são próximos, “mas também tão competitivos, como é o caso de Moçambique”.
Nesse sentido, comentou que, numa economia aberta, “a regra é competir mas os números provam que os portugueses são muito bons a fazer economia em Moçambique” e “têm uma capacidade de integração natural na sociedade moçambicana, e de estabelecimento de parcerias”.
Paulo Portas viajou para Maputo acompanhado pelos secretários de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, e ainda dois administradores da AICEP, e regressa na noite deste dia 25 a Lisboa para participar no conselho de ministros agendado para terça-feira.
Ainda tem reuniões em Maputo com o Presidente moçambicano, Emílio Guebuza, com o qual já se encontrou de manhã durante a visita à Facim, e com o ministro das Finanças, Manuel Chang.
Logo no início do dia, o vice-primeiro-ministro se encontrou no café da manhã com Filipe Nyusi, candidato presidencial da Frelimo, partido no poder em Moçambique, nas eleições gerais programadas para 15 de outubro.